Começou há pouco, em Sapezal (480km a Noroeste de Cuiabá ), a reunião para tentar um entendimento entre as lideranças do Enawenê-Nawê e Mynky e liberar os cerca de 300 trabalhadores mantidos reféns no canteiro de obra das usinas. Cerca de 200 índios participam da discussão – em dialeto indígena e traduzida para o português. Eles querem que sejam ampliados os estudos ambientais e principalmente terem conhecimento dos projetos, de como é feita a distribuição dos recursos, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), repassados para a Funai e revertido em benefícios às etnias. São recursos na faixa de R$ 4 bilhões.
A reunião conta com a participação de representantes da Diretoria da Funai, do Governo do Estado, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal (PF) e de ONGs, que realizam trabalhos com os índios de várias etnias.
De acordo com a Folha de São Paulo, as obras integram um complexo de dez usinas que serão erguidas em seqüência nos próximos anos. Cinco delas, incluindo as três que são alvo do protesto, pertencem à Juruena Participações S.A. — que reúne a Linear Participação e Incorporações e MCA Energia e Barragens. As outras estão em fase de licenciamento ambiental e serão construídas pela Maggi Energia, do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR).
(Atualizada às 11:41hs)