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Fumaça preta indica fracasso da 1ª votação para escolha do papa

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O conclave realizou na tarde desta segunda-feira a primeira votação para a escolha do novo papa. Às 20h04 (15h04 de Brasília) a chaminé da capela Sistina soltou fumaça de cor preta, indicando que os 115 cardeais não chegaram a um acordo sobre o próximo líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Para ser eleito, o novo papa precisa de dois terços dos votos dos cardeais.

Já escurecia quando a fumaça começou a aparecer na chaminé da capela Sistina. No início, a coloração era imprecisa, o que gerou alvoroço entre cerca de 40 mil pessoas que aguardavam o resultado na praça de são Pedro. A fumaça só ficou claramente negra depois de dois minutos.

Não estava completamente certa a votação de hoje porque os cardeais terminaram de fazer o juramento somente às 17h25 (12h25 em Brasília). A primeira votação, segundo os vaticanistas, dificilmente define o novo papa. A votação serve mais para apontar caminhos e medir as forças dos grupos em disputa.

Amanhã outras quatro votações estão previstas –duas pela amanhã e duas à tarde. A fumaça –negra ou branca– deverá sair por volta de 12h (7h em Brasília) ou 19h (14h em Brasília).

No caso de os cardeais definirem o nome do papa, a fumaça que sairá da chaminé será a de cor branca, e os sinos da basílica de São Pedro tocarão para reforçar o anúncio do novo sumo pontífice.

Iniciado 16 dias depois da morte de Karol Josef Wojtyla, o processo de escolha do novo papa não pode passar de 19 dias, data em que expira o tempo máximo de vacância da Santa Sé, de 35 dias. Se não houver um cardeal que agregue o total necessário dos votos nos primeiros três dias de votação, os eleitores terão um dia de descanso e orações, para então retomarem os escrutínios.

De acordo com as novas regras, após 30 votações [nas quais o candidato deve alcançar dois terços mais um dos votos], o camerlengo [líder interino do Vaticano] pode mudar o sistema, optando pela escolha por maioria simples, no caso de apenas os dois mais votados nas sessões anteriores disputarem o cargo. O conclave termina quando o novo sumo pontífice concorda com sua eleição.

O conclave começa sem um grande favorito. De acordo com vaticanistas dos jornais italianos, a situação eleitoral é “incerta”. As casas de apostas colocam o cardeal alemão Joseph Ratzinger como o favorito, apesar de enfrentar resistências por ser conservador na doutrina. Dois italianos –o progressista Carlo Maria Martini e o moderado Dionigi Tettamanzi também figuram entre os favoritos. Martini, no entanto, teria já afirmado que não deseja ser papa devido a problemas de saúde –ele tem Mal de Parkinson.

O Brasil terá quatro votos no conclave. Entre os cardeais brasileiros, dois figuram entre os papáveis favoritos –dom Cláudio Hummes, 70, arcebispo de São Paulo, e dom Geraldo Majella Agnello, 71, arcebispo de Salvador (BA). Também votam dom Eusébio Oscar Scheid, 72, arcebispo do Rio de Janeiro, e dom José Freire Falcão, 79, arcebispo emérito (“aposentado”) de Brasília.

O cardeal nigeriano Francis Arinze, 72, amigo próximo de João Paulo 2º e influente na hierarquia da Igreja Católica, pode inclusive se tornar o primeiro papa comprovadamente negro a chefiar a Santa Sé. A Igreja Católica não tem registros sobre a raça dos mais de 200 papas que já comandaram o Vaticano e não se pode afirmar com segurança se houve papas negros –sabe-se que três deles, que ocuparam a chefia do papado entre o século 2 e o século 5, tinham origem africana: Vitor 1º, Melquíades e Gelásio 1º.

Novo papa

A expectativa é que o conclave dure até cinco dias. O mais breve foi o que designou Pio 12, eleito em 24 horas na terceira rodada de votação, em 2 de março de 1939. O mais longo durou quatro dias, e foi resolvido na 14ª rodada de votação com a eleição de Pio 11, em 6 de fevereiro de 1922. João Paulo 2º foi eleito em 48 horas e oito rodadas de votação no dia 16 de outubro de 1978, e reinou sobre a Igreja Católica durante 26 anos e cinco meses. Seu antecessor, João Paulo 1º, foi eleito em 24 horas, após quatro rodadas de votação.

Fiéis

Na praça de são Pedro, centenas de fiéis, turistas e curiosos acompanharam em dois telões a cerimônia de entrada dos cardeais-eleitores na capela Sistina.

O público não se compara ao registrado no funeral de Karol Wojtyla, quando cerca de 3 milhões de peregrinos estiveram em Roma para dar adeus ao papa morto. A prefeitura de Roma aumentou o efetivo policial na região estimando que um grande número de pessoas irá à praça de são Pedro no final da tarde para saber o resultado da primeira votação deste conclave, que ainda não está confirmada.

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