Quarenta e cinco fotos da simulação trágica em Rondonópolis, no último sábado, que resultou na morte de um menino de 13 anos e deixou outros 9 feridos, foram entregues às Polícia Civil e Militar. Elas foram feitas pelo servidor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Lindomar Alves.
Ele disse para A Gazeta, que as imagens são claras e a análise detalhada pode revelar com exatidão quem atirou com munição real. Segundo ele, o menino Luiz Henrique Magalhães estava distante do ônibus pelo menos a 80 metros, pois fazia parte da “Patrulha Ambiental”, um projeto de educação para crianças e adultos desenvolvido pela prefeitura, e assistia a simulação.
Quatro policiais entraram no ônibus para conter “o bandido”. Três estavam com armas longas, as escopetas calibre 12 e um quarto (que tinha a função de algemar o bandido) usava um revólver. No total, sete pessoas estavam dentro do coletivo da PM.”Confesso que estranhei quando vi os estilhaços dos vidros. Pensei: como pode uma simulação em que existe dano ao patrimônio público? Quebrar vidros?”. Em seguida, ele diz que percebeu a intensa gritaria e correu para onde estavam os 12 integrantes da ‘patrulha’. Os estilhaços chegaram a atingir o corpo dele, mas não houve gravidade nos ferimentos.
“Foi pânico geral. Os bombeiros correram e começaram a fazer massagem cardíaca no menino. Um segundo homem tentava desenrolar a língua dele… Nesse momento eu parei de tirar as fotos e passei a ajudar”, relatou.