O Tribunal de Justiça aprovou, ontem, proposta para que o fórum da comarca de Alto Taquari (região Sul) receba o nome da juíza Glauciane Chaves de Melo. Ela foi assassinada, em seu gabinete, no dia 7 deste mês. O acusado de praticar o crime é o ex-marido dela, o enfermeiro Evanderly de Lima. Ele foi preso três dias após o crime.
Segundo informações da assessoria do tribunal, a proposta foi apresentada pelo presidente, desembargado Orlando Perri, e aprovada pelo Pleno. Para ele, o objetivo do batismo é de que as pessoas, ao passarem na frente, vejam o nome dela e lembrem-se do ato de violência.
Conforme Só Notícias já informou, a magistrada foi assassinada com dois tiros na nuca. A motivação, apontada pela Polícia Civil, é de crime passional. Evanderly não teria aceitado a separação. O inquérito policial já foi concluído. O processo tramita na Vara Única e será julgado pelo juiz Carlos Augusto Ferrari, que atualmente está lotado na comarca de Alto Garças e vai responder cumulativamente por Alto Taquari.
Evanderly foi localizado em uma região de mata, na zona rural da cidade. Ele está recolhido no anexo II, da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
O inquérito foi encaminhado a Defensoria Pública, já que o acusado não possui advogado. Após isso, retorna a Vara Única da comarca e segue para o Ministério Público para oferecimento de denúncia. Seguindo a legislação, ao receber a denúncia, o juiz abre prazo para a defesa se manifestar, e, em seguida, começa a instrução criminal que consiste, dentre outras coisas, em ouvir testemunhas, ouvir o réu, analisar provas.