O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso continua o combate aos incêndios de grandes proporções que atingiram a Área de Proteção Ambiental (APA), entre Chapada dos Guimarães e Cuiabá, e o Parque Nacional de Chapada. Segundo a instituição, as chamas destruíram aproximadamente 3,8 mil hectares de floresta no Parque Nacional e de 6,5 mil hectares da APA.
As duas áreas vêm sendo alvo de incêndios desde o início da temporada de seca no estado e o Corpo de Bombeiros Militar, por meio do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) e do Grupo de Aviação Bombeiro Militar (GAvBM), está atuando no combate aos focos. De acordo com a assessoria, devido ao tamanho das áreas atingidas e visando minimizar o impacto ambiental, é comum que a instituição realize um trabalho integrado com o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Brigada Descentralizada do Corpo de Bombeiros Militar (BDBM) e Exército Brasileiro, que colaborou no domingo (1).
No sábado (31) foi finalizado o combate a um incêndio florestal iniciado na terça-feira (27). As equipes se dividiram para atuar na região de Coxipó do Ouro e comunidade São Jerônimo, no setor Noroeste e no setor Sudeste. Os bombeiros militares atuaram ainda fazendo revezamento de pessoal para que a ação continuasse sem interrupção até conter as frentes do fogo. Apesar das condições desfavoráveis como fortes ventos, o fogo foi contido. Para esta ação foram necessários 20 bombeiros militares.
Já neste domingo (1) o GAvBM foi acionado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a fim de apoiar o combate terrestre realizado pelas equipes de brigadistas no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
As equipes terrestres concentraram esforços na construção de um aceiro negro para conter a linha de incêndio, por isso, segundo a assessoria, “a aeronave de combate focou seus lançamentos na região que favorecesse a dinâmica e possibilitasse a finalização do aceiro. O GAvBM realizou também o combate de um foco de incêndio próximo ao morro São Jerônimo, atrasando o avanço das chamas, assim o ICMBio realizou o combate direto e finalizou a ocorrência”.
No combate a estas ocorrências foram empregados duas aeronaves de combate, cinco autos rápidos florestais, uma auto tanque com capacidade de 30 mil litros, um caminhão pipa de 15 mil litros, uma piscina de 18 mil litros, um caminhão cisterna do Exército, uma viatura de transporte de tropa também do Exército, 45 bombeiros militares, 20 militares do Exército Brasileiro, 20 Brigadistas do ICMBIo e cerca de 32 mil litros de água lançada.
De acordo com os bombeiros, devido ao vento forte, temperatura alta, umidade do ar baixa e vegetação extremamente seca com muita biomassa acumulada, “os riscos do incêndio na região ainda são altos”.