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Filhote de jaguatirica resgatado em Mato Grosso é levado para zoológico de Curitiba

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Um filhote de jaguatirica, de 6 meses, foi enviado para o zoológico de Curitiba, na última semana, pela secretaria de Estado de Meio Ambiente. O local foi escolhido por ser de renome nacional para manutenção de felinos em cativeiro e possuir um corpo técnico especializado.

O felino macho, com o nome de bagheera, foi encontrado ainda bem pequeno e sem a mãe, em um região de mata, por moradores do distrito de Mimoso, em Santo Antônio do Leverger. Após ser resgatado pela Gerência de Fauna da Sema, foi constatado que por ser muito bebê, ele não conseguiria voltar a natureza por não saber se defender adequadamente no ambiente natural.

O filhote foi alimentado com leite específico para felídeos e também com alguns suplementos. Ele ficou sob os cuidados de uma médica veterinária em um ambiente que permitia que ele tivesse desafios necessários para o desenvolvimento saudável, como escalada, interação com água e espaço para procurar comida em locais escondidos.

“Considerando tudo o que ele passou, o fato de ter tido obstrução e chegar com cistite já tão novo, nos causou uma preocupação imensa. Foi desafiador e gratificante, ao mesmo tempo, porque ele foi respondendo gradativamente ao tratamento e ao enriquecimento ambiental. Com o tempo, dispensamos as massagens, passou a defecar e urinar sozinho e então a demarcar território. Foi crescendo e as brincadeiras foram ficando mais violentas, o que demonstrava que ele estava se desenvolvendo”, explicou a médica veterinária Ana Laura Karliski, que cuidou do felino por estes meses.

O animal foi transportado por um avião, e o voo foi custeado pelo zoológico de Curitiba, onde ficará em um grande recinto. Lá, segundo a semana, ele terá ambientes diferentes para poder escalar, se esconder e se desenvolver adequadamente.

“Reforçamos a importância do tratamento pós-resgate, propiciando ao animal boas condições de saúde para seu pleno desenvolvimento. O envio ao zoológico de Curitiba reforça o instrumento de conservação para manutenção da viabilidade genética de cativeiro”, afirma a médica veterinária e analista ambiental da Sema, Danny Moraes.

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