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Fazendeiro acusado de matar esposa vai a júri no mês que vem em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo/arquivo)

Será no dia 17 do mês que vem o júri popular do suspeito de assassinar Rosilene da Silva Bachiega, 38 anos, no dia 11 de outubro de 2011, em uma residência, na rua Jasmim, no bairro Jardim Maringá. Ela foi atingida por oito facadas, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O julgamento chegou a ser marcado para o dia 5 de setembro de 2019 e, posteriormente, foi antecipado para dia 22 de agosto. No entanto, acabou remarcado para setembro deste ano. Foi a segunda vez, no ano passado, que o júri foi adiado, uma vez que estava previsto, inicialmente, para maio.

Conforme Só Notícias já informou, a filha do casal relatou que teve conhecimento de um desentendimento entre os pais e que Rosilene havia lhe confidenciado ter sido ameaçada de morte pelo acusado. Ela contou que o pai estava passando por tratamento psiquiátrico na época e que apresentava “comportamentos infantis” e insônia, tendo ainda chorado “demasiadamente” antes do homicídio, quando a vítima foi “passar uns dias” em Colíder.

Ao prestar depoimento, o réu detalhou que foi casado com Rosilene por 22 anos e, no dia do crime, ela estava morando em outra residência. Segundo ele, a mulher queria o divórcio, situação que o deixou “muito abalado, pois não conseguia entender a razão”. O homem detalhou também que foi até a casa de uma amiga de Rosilene, onde a esposa acabou confessando relacionamentos extraconjugais.

De acordo com a versão contada pelo fazendeiro, a partir da “confissão”, os “ânimos foram se alterando” e a vítima pegou uma faca e o atacou. O réu afirmou que Rosilene desferiu um golpe de faca em seu abdômen, e outros mais, porém, disse que não se lembra quantos “golpes” deu nela.

O fazendeiro irá a júri por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Em alegações finais, a defesa pediu a absolvição do acusado “em razão de seu estado psíquico no momento do crime, o afastamento das circunstâncias qualificadoras do recurso que impossibilitou a defesa da vítima e motivo torpe e consequente desclassificação para o crime de homicídio simples”, o que não foi aceito pela Justiça.

O suspeito, na época, dirigia uma empresa em Sinop e aguarda o julgamento em liberdade. Rosilene era agrônoma e formada pela Universidade Federal de Mato Grosso e foi sepultada em Colíder.

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