Cerca de 400 famílias invadiram as casas, ainda em construção, no Residencial Dona Neuma, em Rondonópolis. O conjunto habitacional era para ter sido concluído em abril de 2014, mas teve as obras paralisadas por diversas vezes, devido a problemas financeiros da construtora responsável, que no início do ano passado decretou falência e abandonou o canteiro de obras. Responsável pelo residencial, a Caixa Econômica Federal (CEF) informou que vai entrar com pedido de reintegração do empreendimento para garantir o direito das famílias selecionadas de acordo com as regras do programa Minha Casa, Minha Vida.
De acordo com a Polícia Militar, a invasão teve início na tarde de sábado (10) e apesar da instituição não ter um número determinado de quantas famílias se instalaram no local, os próprios ocupantes teriam informado que aproximadamente 400 famílias estariam nas residências. A PM esteve no local, ninguém foi preso e a orientação repassada aos invasores foi para que não danificassem as casas.
O Residencial Dona Neuma está localizado no bairro Vila Rica e faz parte do programa habitacional da União, “Minha Casa, Minha Vida”. O empreendimento é referente a faixa 1, em que os moradores devem ter renda de até R$ 1,6 mil mensais e as parcelas cheguem a até 5% da renda familiar.
De acordo com a Prefeitura de Rondonópolis, a responsabilidade sobre o residencial não cabe ao Executivo, porém, caso algum dos invasores esteja inscrito nos programas habitacionais do município, será retirado automaticamente da seleção.
Já a Polícia Federal informou que até o momento não foi notificada quanto à invasão e aguardará ordem judicial para que as medidas cabíveis sejam tomadas. A CEF pontuou que após a desocupação do empreendimento será feita vistoria nas unidades habitacionais por equipes do banco. Caso seja detectada alguma necessidade de reparo, a construtora responsável para recuperação das moradias será acionada. Os imóveis serão entregues em plenas condições de habitabilidade.
Após a retomada do empreendimento, as obras serão finalizadas por uma nova empresa contratada pelo banco. A Caixa ainda ressaltou que já está em fase de análise das propostas das construtoras interessadas em dar continuidade ao residencial.