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Faltam 1,9 mil trabalhadores na arena pantanal e no VLT em Cuiabá

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Faltam quatro meses para a entrega prevista da Arena Pantanal. O consórcio responsável pela construção do estádio tem 400 trabalhadores a menos do que o necessário para conclusão da principal obra da Copa do Mundo de Futebol. Somando o déficit no canteiro de obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), a falta de profissionais da construção civil alcança 1,9 mil pessoas. Além da disputa por trabalhadores entre os consórcios de todos os estados para avançar nas obras de mobilidade da Copa, construtoras de empreendimentos privados também estão no páreo.

Terceiro turno foi implantado na obra do estádio para acelerar o trabalho. Mas o número ainda não chega ao necessário para garantir a entrega em outubro. Secretário Maurício Guimarães admitiu que ainda há déficit na mão de obra, principalmente no canteiro do VLT. Em pontos já interditados para a construção, como na avenida Coronel Escolástico (Prainha), em Cuiabá, não existem trabalhadores.

Próximo ao Zero Quilômetro, em Várzea Grande, a baixa quantidade de profissionais também preocupa a população, que constantemente reclama dos efeitos das interdições, como o congestionamento no trânsito. O novo modal de transporte para Cuiabá e Várzea Grande tem apenas 26,5% do projeto executado, de acordo com o 4o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que considera os dados de abril. Na data, 55% da obra deveria estar conclusa conforme o cronograma.

A oferta de vagas no mercado da construção civil dificulta as contratações e o avanço das obras. Dos 400 profissionais em falta na Arena, 100 estão em formação segundo o engenheiro civil e gerente do consórcio João Paulo Curvo. Ele espera que entre julho e agosto o déficit seja suprido. Mas, admite a dificuldade em realizar as contratações. Ele diz que a mão de obra está sendo buscada em outros estados do país, mas o problema persiste.

O déficit de trabalhadores é registrado fora de Mato Grosso e construtoras têm vindo ao Estado para atrair pessoas. Atualmente, 4 entre 10 trabalhadores no canteiro da Arena são de imigrantes, boa parte do Nordeste, Espírito Santo e Minas Gerais. João diz que diante da concorrência são oferecidos prêmios por produtividade. Mas o salário não pode ser alterado, pois iria ferir a convenção coletiva.
 Além da quantidade necessária para os serviços de acabamento e montagem da Arena, outros 200 trabalhadores irão compor o canteiro até outubro.

O contingente será contratado pela empresa CLL, responsável pela execução do projeto de tecnologia da informação. O engenheiro civil diz que a mão de obra para esta etapa está garantida. Atualmente, a construção conta com cerca de 1,3 mil trabalhadores.

Em um ano a Arena Pantanal deverá receber o primeiro jogo de futebol da Copa do Mundo. Depois da abertura do evento em São Paulo, o estádio mato-grossense deve estar testado e disponível para atender os 44,3 mil expectadores, que podem ser recebidos no espaço.

Durante visita na obra nesta quarta-feira, o governador Silval Barbosa (PMDB) minimizou o problema relacionado às contratações. "Sempre estive muito tranquilo, a entrega da Arena será em outubro. Em relação às outras obras (atrasos), todas têm contratos e temos uma sala de situação no meu gabinete".

Mesmo com o atraso aparente do VLT, o governador disse que está em estudo a expansão do modal para os bairros CPA 4 e Pedra 90. Atualmente, o projeto prevê 2 eixos de transporte. Um ligará o Centro ao Coxipó em uma linha de 7,2 quilômetros de extensão e outra do Aeroporto ao CPA com 15 quilômetros de extensão.

Silval espera que a partir de agora a população se reúna no clima da Copa para receber o evento mais popular do esporte. Questionado sobre o atraso nas obras de mobilidade e quando serão entregues, o governador disse que em breve as inaugurações iniciam, mas não citou datas.

Com cerca de R$ 30 milhões executados, o estádio de Mato Grosso para a Copa do Mundo entra na fase de revestimentos e acabamento. Os setores maiores, Oeste e Leste, são os que concentram o maior trabalho do contingente de profissionais. O Oeste será o primeiro a ser entregue. Nele estarão a área para entrada de jogadores e imprensa.

Vestiários, estúdios para filmagem e geração de imagens, espaço lounge para expectadores vips se concentram no setor Oeste. Parte dos espaços é provisória e será modificada após a realização do evento. O espaço para recepção do público vip, por exemplo, poderá ser transformado em salão para convenções.

A previsão do engenheiro civil e gerente do consórcio, João Curvo é terminar a fase de cobertura do estádio em agosto. Em julho inicia a preparação do campo de futebol, quando os equipamentos como guindaste saem do espaço. O gramado da espécie bermuda está sendo cultivado.

A assessoria de imprensa do consórcio VLT informou que a contratação de mão de obra vai aumentar entre julho e setembro com a incorporação de trabalhadores de outras cidades. Atualmente, 840 trabalhadores fazem parte da obra. Em relação aos canteiros, o serviço de resgate arqueológico impede avanço nos trabalhos. Nas avenidas 15 de Novembro e Tenente Coronel Duarte, as atividades para implantação da via permanente terão início depois deste serviço, iniciado no fim de maio.

O resgate arqueológico será realizado também nas margens do rio Coxipó e em 10 pontos da Prainha. Também será executado na lateral da igreja do Rosário/São Benedito. "Como o canteiro de obras da avenida Coronel Escolástico está na área de influência da igreja, as atividades estão sendo executadas por etapas, e ganharão celeridade com a conclusão do resgate arqueológico", diz a nota.

 

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