A falta de investimento nas rodovias federais do Estado por mais de 30 anos contribui para os números de acidentes registrados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) orienta que o grande fluxo de veículos trafegando contribui para os sinistros e aponta as BRs 163, 364 e 070 com maior concentração de casos.
Superintendente do Dnit, Luiz Antônio Garcia garante que existe um esforço do governo para tentar diminuir o número de vítimas nas estradas com foco na ampliação da capacidade de tráfego, sinalização adequada e fiscalização.
Lembra que o traçado das rodovias estaduais são da década de 60 e 70, quando cerca de 500 veículos trafegavam, em média, nas BRs de Mato Grosso e 10% eram caminhões. Hoje, a demanda é de aproximadamente 10 mil veículos ao dia, sendo que 70% do total são de caminhões rodando. “Aumentou também o tamanho e a capacidade de carga desses caminhões”.
Para melhorar a logística e dispersar o fluxo, o Dnit trabalha na duplicação de corredores importantes, como o trecho que liga Cuiabá a Rondonópolis, na BR-364, além de atuar na pavimentação e recuperação das estradas. “O desenvolvimento econômico e produtivo de Mato Grosso foi muito intenso e a logística não acompanhou, nem no Estado, nem no país”. Cita que na década de 90 houve um “apagão” no Brasil e a União não tinha recursos para investir nas rodovias. “O orçamento da época para atender todo o país era menor que o destinado atualmente somente para Mato Grosso”.
A sinalização também é vista como importante para redução de acidentes e será reformulada, conforme prevê o BR Legal. O programa nacional propõe a troca das placas, repintura das faixas e manutenção permanente das sinalizações horizontais e verticais.