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Falta de cinto e celular ao volante são as principais infrações em rodovias federais em MT

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Pelo menos 20 motoristas são multados diariamente por não usar o cinto de segurança nas rodovias federais de Mato Grosso. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que de janeiro a julho deste ano, nas cinco BRs que cortam o Estado, 4.347 multas foram aplicadas por esta infração. Diante da recorrência desta prática, que pode levar à morte, a Rota do Oeste realiza atividade de conscientização sobre o assunto na Semana Nacional de Segurança no Trânsito, que começa hoje com o tema “Década Mundial de Ações para a Segurança no trânsito – 2011/2020: Eu sou + 1 por um trânsito + seguro”. O uso do celular enquanto dirige também está no foco das ações da concessionária.

Nos sete primeiros meses do ano, a concessionária registrou 1.795 acidentes de todas as naturezas nas BRs-163, 364 e 070 em Mato Grosso, num total de 71 mortes. Juntas, as rodovias federais mato-grossenses somam 123 óbitos. Do total de mortes, 12% foram provocadas pela ausência do cinto de segurança, aponta a PRF. São casos que poderiam ter sido evitados se as vítimas ou os condutores tivessem seguido as regras básicas de segurança no trânsito.

O gerente de Sustentabilidade da concessionária, Pedro Ely, lembra que o cinto de segurança é obrigatório há 19 anos e ainda existe uma certa resistência, ou descuido, principalmente em relação aos passageiros que viajam no banco traseiro. O equipamento é um dos principais itens de segurança e responsável por manter a integridade física dos ocupantes dos veículos, além de evitar mortes.

“Os dados da PRF vêm para reforçar o que tem sido falado há anos. Existem várias pesquisas que demonstram a gravidade das lesões provocadas em ocupantes de veículos que não usavam cinto de segurança e envolveram-se em acidentes. Uma pessoa ‘solta’ dentro do carro pode ferir todas as outras que optaram pelo uso do cinto, sem contar que as chances de ferir-se gravemente aumentam quatro vezes entre os que resistem ao uso do equipamento”.

O superintendente da PRF, Arthur Nogueira, destaca que infelizmente os motoristas estão mais preocupados se vão pagar uma multa, quando na verdade esquecem que eles podem perder a vida, ou perder alguém que está sob a sua responsabilidade, por não seguir ou não exigir que os passageiros sigam uma regra, que é básica de segurança.

“A conscientização sobre a necessidade real do uso do cinto é um desafio muito grande. São várias as desculpas dos motoristas para não adotar o equipamento de segurança. Uns falam que o trajeto é curto, outros que machuca. E tem quem chega ao ponto de falar que conhece pessoas que morreram porque usavam o cinto”.

Atualmente, a ausência do cinto de segurança é entendida como infração grave e tem como penalidades a perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 127,69 até novembro, quando o valor será reajustado em 52% e passará para R$ 195,23. “Uma pena pecuniária não pode ser mais importante que uma vida, mas infelizmente somente isso importa para muitos que estão no trânsito”.

E justamente por essa ‘dor no bolso’ ser tão pedagógica que o uso do celular enquanto dirige passará de infração média para gravíssima, com multa estabelecida em R$ 293,47 a partir de novembro, quando a tabela de valores sofre reajuste, além de sete pontos na CNH. O uso do aparelho no trânsito, incluindo falar, ler e mandar mensagens de texto, áudio, ou verificar informações, aumenta em até 400% o risco de acidentes. Em rodovias, essa situação é ainda mais grave, uma vez que as velocidades são maiores.

Ely destaca que é cada vez mais frequente encontrar pessoas usando celular no trânsito, incluindo motociclistas, que estão mais expostos, e arriscam a vida para conferir uma mensagem ou conversar. “Temos muita preocupação com os usuários e por isso dedicamos um setor específico para cuidar de ações voltadas à educação e conscientização no trânsito dentro e fora das cidades. Todos nós somos responsáveis por um trânsito mais saudável e isso precisa ser incorporado na nossa rotina”.

Nogueira lembra que a cobertura das telefônicas ainda é pequena nas rodovias de Mato Grosso e ainda assim é muito fácil encontrar motoristas usando os aparelhos. A situação deve se agravar quando o sinal melhorar. “Mais uma vez existe uma dificuldade de conscientizar os motoristas, mesmo os profissionais. Imagina o perigo que é uma pessoa dirigindo um caminhão ou carreta a pelo menos 80 quilômetros por hora e mexendo no celular. É acidente certo”.

Ações – nesta Semana Nacional da Segurança no Trânsito, realizada de 18 a 25 de setembro pelo Contran, a Rota do Oeste distribuirá material de orientação e conscientização sobre o uso do celular na direção e a falta do cinto de segurança. A entrega ocorrerá na praça de Pedágio em Cuiabá, na quarta-feira (21).

Além dessa atividade, somente neste ano, a Rota do Oeste levou informações sobre tráfego seguro a mais de 20 mil pessoas por meio de quatro campanhas realizadas com este foco: Parada Legal do Oeste, Safra Segura, Rota Segura, Agente Mirim de Trânsito e Festival Estudantil Temático de Teatro para o Trânsito (Fetran). As ações são realizadas sempre com apoio de instituições que têm a mesma preocupação, a segurança no trânsito. Além da PRF, são parceiros da Concessionária o Departamento Estadual de Trânsito do Mato Grosso (Detran-MT), prefeituras municipais, entre outros.

O próximo evento realizado será o Rota Segura, que chega a Jaciara em 26 de setembro para orientar crianças, jovens e motoristas profissionais.  A atividade é realizada em conjunto com a PRF, Detran e prefeitura da cidade para sensibilizar o público sobre as leis de trânsito e boas atitudes, por meio de palestras e peças teatrais educativas e humorísticas.

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