O grande volume diário de correspondências e o pequeno efetivo de carteiros tem gerado muitos transtornos e reclamações em Rondonópolis. Um dos problemas é o atraso nas entregas das correspondências no município, acarretando, por exemplo, na entrega de faturas já com data de pagamento vencida. Outro problema é a ausência do serviço dos Correios em mais de 40 bairros da cidade.
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O fluxo diário é de aproximadamente 30 mil correspondências na cidade, mas, em contrapartida, existem apenas cerca de 30 carteiros na ativa atualmente. Em torno de cinco carteiros estão encostados. Isso equivale a responsabilidade de cerca de 1 mil cartas por carteiro ao dia. O maior problema reside na entrega de cartas simples, pois não têm registro e representam o maior fluxo dentro dos Correios.
O secretário de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos de Mato Grosso (Sintect-MT), Gilmar Machado Moura, confirma o atraso na entrega das correspondências em Rondonópolis. “Muitos colegas nossos estão sendo até xingados nas ruas pelo problema, mas eles são mais uma vítima”, alegou.
Para amenizar a situação e efetivar com regularidade a entrega de correspondências na parte já atendida da cidade, Gilmar acredita que seriam necessários, no mínimo, 10 novos carteiros. Para atender todo o município, passando a atender os bairros não atendidos pelos Correios hoje, diz que seria necessário um levantamento mais detalhado.
São em torno de 40 bairros que não contam com o serviço de entrega de correspondências em Rondonópolis. “Não temos conseguido manter regular nem o serviço que prestamos hoje, imagina abrir para outros bairros”, argumentou Gilmar.
Para resolver esses problemas, tanto do atraso na entrega das correspondências como dos bairros não atendidos pelos Correios, o secretário de imprensa do Sindicato acredita que é essencial que haja o engajamento político, com interferência junto à direção da empresa em Brasília (DF). O problema é que até agora os representantes políticos da cidade pouco se interessaram pelo assunto, buscando solucioná-lo.
Gilmar informou que entre abril e maio deste ano está sendo esperada a realização de um levantamento denominado de Sistema de Distritamento, que detectaria a demanda existente e a quantia de carteiros a ser suprida na cidade. Com a finalização do estudo, os dados seriam remetidos a Brasília, para a tomada das decisões, como, quando e quantos carteiros seriam necessários contratar.
O Sintect, através da reportagem, pediu a compreensão da população diante do problema, reforçando que os funcionários dos Correios não têm culpa direta no atraso da entrega das correspondências e que estão fazendo o que podem neste momento.