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Facilitadores de círculos de paz formados pelo Judiciário começam a atuar nas escolas de Rondonópolis

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Só Notícias (foto: assessoria)

O Poder Judiciário de Mato Grosso avança na expansão da Justiça Restaurativa no Estado e 19 novos facilitadores e facilitadoras dos círculos de construção de paz foram certificados em Rondonópolis que é a primeira comarca a certificar exclusivamente profissionais da educação que atuarão na rede estadual de ensino. Das 30 escolas estaduais, 16 já têm facilitadores.

Os círculos de construção de paz nas escolas são uma ferramenta da Justiça Restaurativa estimulada e desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça, em parceria com tribunais, comunidade e redes de garantia de direitos locais. Em Rondonópolis, teve início em outubro passado por iniciativa do juiz Wanderlei Reis, e chegou e terminou este mês com a rodada de supervisão e, por fim, com a entrega dos certificados aos facilitadores – diretores, coordenadores e professores.

A professora Ana Paula Ferreira, da Escola Estadual Santo Antonio, de Rondonópolis, foi uma das pessoas certificadas e disse o que significa ser uma facilitadora dos círculos de paz.  “Mais que estar habilitada e apta para exercer uma atividade, para mim é uma oportunidade de cumprir meu papel como ser humano, que ama seu próximo, que entende a importância de cuidar do outro. É uma possibilidade de auxiliar outras pessoas a se enxergarem como ser humano, especial e completo que é, dentro de suas complexidades. O círculo [de paz] permite que as pessoas, ao falarem de si, do seu eu verdadeiro, acabam deixando aflorar o poder que existe dentro delas. O autoconhecimento leva a esse poder. Me sinto privilegiada por ter esse conhecimento e poder compartilhá-lo. Será um diferencial porque o círculo vai promover o movimento do autoconhecimento e da consciência de quem eu sou e qual é o meu papel no relacionamento com o outro. No circulo na há julgamento, não há certo e errado, há a escuta ativa”, descreveu.

O juiz coordenador do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Túlio Duailibi, acredita que a postura e os pensamentos diferentes podem conviver harmonicamente na sociedade, desde que haja respeito e empatia. “É importante dar as mãos para a escola e trabalhar juntos para criar um ambiente pacífico e harmonioso”, disse o magistrado que vê a importância de estabelecer conexões com alunos, professores, corpo pedagógico, assistentes sociais e profissionais de saúde para que a escola seja um espaço saudável e pacífico para os jovens. “Sem a colaboração de pessoas com vontade de fazer, nada disso estaria acontecendo. Isso é um sinal de que a Justiça Restaurativa e a mediação estão se tornando cada vez mais importantes na sociedade. Estamos felizes em agregar mais turmas de facilitadores para transmitir essa postura e pensamentos diferentes para a sociedade. O mais importante é criar um ambiente de respeito e empatia para que todos possam conviver harmonicamente”, finalizou ao dizer que o NugJur, no tribunal de Justiça, e os Cejuscs, nas comarcas, estão de portas abertas para receber a população.

O juiz Wanderlei Reis avaliou que é um momento “histórico para a Justiça Restaurativa em Rondonópolis, pois nunca se teve tantos facilitadores certificados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso em uma só ocasião nesta comarca. O que representa um grande salto qualitativo e quantitativo de alunos e pessoas beneficiadas, doravante. E o nosso propósito é de aumentar esse número ainda mais.” disse o juiz coordenador. A formação desses 19 facilitadores atende a uma necessidade da comunidade escolar e da sociedade que “resgatarão valores e qualidades de cada aluno, solucionando problemas, pacificando conflitos e contribuindo para a harmonia do ambiente escolar através do diálogo, de modo a beneficiar a comunidade escolar, as famílias e toda sociedade. Por isso, queremos multiplicar o número de facilitadores em todas as escolas, de tal maneira que as práticas restaurativas sejam disseminadas cada vez mais, tanto que, a nossa pretensão é a de formar novas turmas, estendendo também essa ferramenta às escolas municipais de Rondonópolis, para que toda a rede escolar seja atendida”, disse, através da assessoria.

Segundo levantamento do Cejusc, o curso de formação já atendeu também três escolas de Rondonópolis, duas delas estaduais, atendendo mais de 400 pessoa. “É o Poder Judiciário, alguém de fora do sistema educacional, vindo, através da Justiça Restaurativa, com metodologias próprias, ao socorro, ao encontro dos gestores, diretores, professores, alunos e pais, sem querer jamais reinventar a escola, que continuará sendo escola, mas queremos ajudá-la para que seja um ambiente mais pacífico, sem violência”, completou o juiz Wanderlei Reis. 

O prefeito José Carlos do Pátio parabenizou o Judiciário de Mato Grosso pela iniciativa de formar facilitadores. Para ele não há dúvidas de que a mudança de pensamentos e conceitos é a chave para resolver os problemas educacionais. Ele acredita que os facilitadores cumprirão esse compromisso ao trabalhar na base das escolas e discutir a Justiça Restaurativa com a comunidade.

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