sexta-feira, 3/maio/2024
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FAB faz documentário dos 10 anos da queda do Boeing da Gol no Nortão e homenageia vítimas; vídeos

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Uma das maiores tragédias da aviação civil brasileira completa 10 anos nesta quinta-feira: a queda do Boeing da Gol, em uma floresta, em Peixoto de Azevedo, no Nortão, deixando 154 mortos (todos passageiros e tripulantes). A Força Aérea Brasileira fez uma homenagens às vítimas. Os militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento da unidade de elite da FAB, voltaram, há poucos dias, ao local do acidente, onde, em 29 de setembro 2006, o Boeing caiu, após se chocar no ar com uma das asas do jato Legacy (que acabou pousando na Serra do Cachimbo). Eles levaram uma imagem de Nossa Senhora do Loreto, padroeira dos aviadores e da aviação, e realizaram uma oração.

“Essa é uma homenagem às vítimas do acidente, aos seus familiares e aos militares que trabalharam aqui”, afirmou, através da assessoria, o comandante da unidade, major de Infantaria Anderson de Oliveira Schiavo, que, na época, passou quase 30 dias trabalhando no local. Os militares também gravaram entrevistas para o documentário sobre o acidente que vai ser lançado no dia 29 de setembro no site www.fab.mil.br.

A assessoria relembra que, para retornar ao local, os militares do grupamento PARA-SAR saíram de Campo Grande (MS), onde a unidade está sediada (na época, a sede era no Rio de Janeiro), e pousaram no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, na Serra do Cachimbo, na divisa do Pará com o Mato Grosso. Posteriormente, embarcaram no helicóptero H-60L Black Hawk e, após uma hora de voo, desceram por meio de um guincho.

“A mata está como encontramos na primeira vez em que tivemos de descer por meio do guincho; depois de abrirmos a clareira, até dois helicópteros pousavam aqui, mas agora não há condições de pousar nenhum helicóptero”, ressaltou o tenente médico Felipe Lessa. Em 2006, ele foi um dos primeiros a chegar ao local e passou 40 dias no trabalho de resgate dos corpos.

Cerca de 800 pessoas de diversos órgãos públicos federais e estaduais, entre militares, policiais e legistas, mobilizaram-se durante os trabalhos na selva amazônica. Os principais destroços da aeronave ficaram espalhados em um raio de mais de 1,5 km. No local, os militares enfrentaram diversos problemas, como  a grande quantidade de insetos, principalmente, as abelhas, além da mata fechada, o calor intenso, a falta de hidratação e câimbras. "É muito emocionante voltar aqui depois de tanto tempo, um sentimento muito forte reviver um pouco os caminhos que percorri juntamente com meus colegas porque, nesses dez anos, sempre vinha à minha lembrança o cenário daqui e, várias vezes, sonhei que ainda estava trabalhando nesse local", ressaltou o sargento José Torres que, na época, passou 15 dias no local dos destroços, acrescenta a assessoria.

Conforme Só Notícias informou, na época, na cobertura feita da Fazenda Jarinã (base das operações de resgate) acompanhando o intenso e heróico trabalho dos militares da FAB, o objetivo inicial era encontrar sobreviventes. A assessoria relembra que "devido à gravidade do acidente, logo no início se percebeu que não existiriam passageiros ou tripulantes vivos. Então, a busca passou a ser pelos corpos dos ocupantes da aeronave. À medida que eram encontrados, os corpos eram levados para as clareiras, colocados em recipientes adequados, transportados de helicópteros até a Fazenda Jarinã, que era ponto de apoio da operação, para serem identificados por peritos e, posteriormente, para o Instituto Médico Legal de Brasília. Depois de 44 dias de trabalho na mata, todos os corpos foram encontrados. A FAB também retirou da selva aproximadamente 1,6 tonelada de pertences das vítimas para ser entregue a seus familiares. “O sentimento é de missão cumprida. Nós só concluímos os trabalhos depois de encontrarmos o último corpo para que os familiares pudessem realizar suas homenagens”, enfatizou o Major Schiavo.

Os pilotos americanos foram condenados pela justiça federal pelo acidente, bem como um controlador de voo.

O documentário "Voo 1907: Dez anos depois" retrata todas as fases da missão de resgate dos corpos. Foram entrevistadas, ao total, 22 pessoas que trabalharam diretamente no resgate dos corpos, além de familiares das vítimas.

Veja alguns trechos

 

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