Terminou agora há pouco, no Pavilhão do Algodão, na Expolucas, a palestra que abordou a “suinocultura, tendências, mercado e sanidade”, proferida pelo professor Carlos Malman, da ACRISMAT (Associação dos criadores de Mato Grosso). Ele abordou um sério problema de saúde dos animais, causada por um fungo que ataca o milho. “No momento em que estamos produzindo, até em determinadas situações climáticas, umidade, temperatura alta, ocorre que o grão do milho seja infectado por fungo. Nesse grão existe a possibilidade de ter essas microtoxinas que passa para a armazenagem e, durante esse processo, nós temos outra possibilidade do mesmo ser infectado com outra toxina. Se esse milho não for bem armazenado, tipo a céu aberto, nós vamos seguir produzindo toxinas e quando o milho é transformado em ração, nós vamos contaminar os suínos com essa toxina”, explicou, para centenas de produtores.
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Malman apontou que o suíno é extremamente suscetível a essas toxinas, que atacam especialmente o fígado. “Depois de contaminado, o suíno precisa trabalhar o organismo para se livrar da toxina e, com isso, acaba consumindo energia, que ele naturalmente usaria para a produção de carne, causando com isso um prejuízo econômico para o produtor”, acrescentou. Conforme Carlos Malman, um único grão de milho infectado com a toxina seria suficiente para contaminar 350 toneladas de milho. “A região de Lucas do Rio Verde é propícia para que tal toxina se instale, uma vez que aqui ela encontra o clima adequado. O que o produtor tem que cuidar muito é com a armazenagem. Milho armazenado ao ar livre como nós observamos aqui, não pode em hipótese alguma”, recomendou.