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Exército coloca tanques de guerra na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia

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Os 750 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia, considerado um dos maiores corredores de drogas do Centro Oeste, estão recebendo uma verdadeira varredura. Novecentos e cinqüenta homens do Exército, de vários batalhões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com apoio de 300 policiais de 20 órgãos de segurança pública – Polícia Civil, Militar, Rodoviária Federal, Federal, Corpo de Bombeiros, Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e Marinha – estão espalhados em pontos estratégicos para combater o crime organizado, o narcotráfico, grilagem de terra, prostituição infantil, trabalho escravo e roubo de carros e carga na região.

A missão denominada “Operação Cadeado IV” teve início na manhã de ontem. O Exército está empregando armamentos de guerra na tarefa. Além de armas convencionais, como fuzis, pistolas e metralhadoras, o aparato conta com cinco helicópteros e 20 tangues de combate. Os tangues são de modelo Urutu e Cascavel, semelhantes aos utilizados pelo Exército brasileiro, na missão de paz, no Haiti. A operação de guerra é comandada pelo general Guilherme Cals Teófilo, comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Cuiabá. A base da tropa é no município de Pontes e Lacerda, distante 150 quilômetros do território boliviano.

“Diante da grande extensão territorial a fronteira com a Bolívia dificulta a fiscalização e automaticamente facilita a proliferação de ilícitos. Essa operação visa, exatamente, combater as quadrilhas que atuam, principalmente, no crime organizado e narcotráfico na região”, ressalta o coronel Elto Valich da Fonseca, oficial de comunicação da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada. As tropas estão mobilizadas nas rodovias e estradas rurais conhecidas por “cabriteiras” – desvios por onde passam os carros roubados do Brasil para Bolívia -, além de aeroportos clandestinos por onde, segundo informações, saem às maiores quantidades de drogas do território boliviano para a região central do país.

As primeiras apreensões ocorreram na tarde de ontem. Porém, o comando da operação ainda não fez nenhuma divulgação.

A Operação Cadeado IV é a extensão de uma grande manobra militar realizada na fronteira, nos últimos dias. O Exército realizou de 12 a 15 de novembro a “Operação Paiaguás” que consistiu na simulação de ataques a bases militares inimigos. A operação teve início na quarta-feira, no município de Barra do Bugres e encerrada no sábado em Araputanga. De acordo com o coronel Valich a manobra foi o “coroamento” das instruções recebidas pelos soldados no interior dos batalhões. “Nessa operação eles colocaram em prática as táticas de combate apreendidas na teoria nos batalhões. É o coroamento de toda a ação”, enfatizou.

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