A ex-gerente executiva do Ibama em Sinop, Ana Riva, saiu da cadeia ontem à noite. Ela prestou depoimento na Polícia Federal, em Cuiabá, e foi liberada. Ana concedeu entrevista exclusiva ao Só Notícias, agora há pouco, onde disse desconhecer as denúncias que resultaram em sua prisão, na quinta-feira passada, com outros 3 ex-chefes do Ibama em Sinop, servidores, ex-servidores e despachantes.
“Se houve liberação de ATPFs (autorização para transporte florestais) ou planos de manejo para empresas fantasmas foi, com certeza, sem meu conhecimento”, defendeu-se. “Se houve liberação era porque a empresa tinha CPNJ, atendia outras exigências legais e tinha crédito florestal”, afirmou. As acusações são referentes ao período em que ela chefiou o Ibama em Alta Floresta. ” Se cometi algum erro administrativo, foi por total desconhecimento. Quando estive no Ibama em Alta Floresta foi firmado convênio com a Exatoria de Fazenda e Receita Federal e identificados 136 madeireiras fantasmas. Estive na linha de frente para combater a ilegalidade”, diz Ana.
Ana Riva evitou avaliar os motivos de sua prisão. “Passei por uma situação muito desagradável”, lamentou. Cautelosa, ela disse que trata-se de uma grande operação que serve para “separar o joio do trigo”. “Não conheço a fundo as denúncias. É uma operação muito grande. Creio que minha prisão ocorreu por que era o segundo nome (na hierarquia) do Ibama em Mato Grosso”, declarou.
“Já houve parecer do Ministério Público para minha liberação e tenho certeza que justiça será feita para comprovar minha inocência”, acrescentou.
Cerca de 15 acusados que estão sendo investigados pela Justiça Federal por fraudes, propinas e outros delitos continuam presos em Sinop.