Os ex-seguranças Jefferson Luiz Lima Medeiros, Ednaldo Rodrigues Belo, Valdenor de Moraes e Jorge Dourado Nery devem ser julgados na segunda quinzena de julho pelo espancamento e morte do vendedor Reginaldo Donnan dos Santos Queiróz, 30. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, utilização de meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima). O crime completa um ano no dia 29 de setembro e mesmo com a greve do judiciário o processo ganha celeridade por se tratar de réus presos. Na semana passada, a Justiça negou pedido de liberdade para Belo.
O processo entrou para distribuição no Fórum e deve chegar ainda hoje a 1ª Vara Criminal, que marcará a data do julgamento. Por se tratar de um caso complexo, com vários acusados, o júri popular deve demorar mais de um dia para o anúncio da sentença.
A decisão de mandar os ex-seguranças a júri popular foi do juiz Lídio Modesto da Silva Filho, substituto na 12ª Vara Criminal em abril. Na ocasião, o magistrado manteve a prisão dos envolvidos na Penitenciária Central do Estado por provocarem medo em algumas testemunhas do processo.
Reginaldo entrou andando no Shopping Goiabeiras e saiu do local desfalecido dentro de um contêiner de lixo, depois de uma sessão severa de espancamento promovido por Belo e Medeiros dentro da sala dos seguranças. Valdenor estava no mesmo local, assistiu as agressões e nada fez para impedir. Jorge segurou a porta para que ninguém entrasse durante o espancamento.
Reginaldo foi ao Goiabeiras para comprar ingressos do Micarecuia, que seriam vendidos posteriormente. Ele carregava vários objetos que vendia e passou a ser monitorado pelos seguranças, que confiscaram o material. A vítima chegou a sair do shopping para ir embora, mas foi convencido por Valdenor a retornar ao interior do shopping para reaver o material.