O ex-soldado Valtencir Moreira Costa, conhecido como Dudu, negou em juízo ter assassinado a advogada Andréa de Carvalho Furtado Pereira, em Tabaporã (180 km de Sinop), no dia 16 de abril. Ele foi ouvido por meio de carta precatória, em Santo Antônio do Leverger, onde está preso desde desde o dia 08 de junho.
Ele alegou que foi ao escritório de Andréia, no dia do crime, e viu um “homem moreno, em pé”, que teria ordenado para ele ir embora. Esta pessoa estaria com um revólver na mão. Disse ainda que da recepção do escritório da advogada ouviu um homem conversando com ela, “em tom acalorado, de discussão”.
De acordo com A Gazeta, Valtencir negou que estivesse armado, dizendo que havia apenas um faca em seu carro. Quando estava perto de seu veículo, afirmou que ouviu um único barulho vindo de dentro do escritório e comparou a “uma batida numa mesa, abafado”. O policial também declarou que foi ao escritório para acertar a assinatura dos papéis da separação. Dois dias antes do homicídio, uma decisão da Justiça determinou a separação de corpos do casal e impediu Valtencir de chegar a cem metros de distância de sua esposa, Zélia Gomes Costa, de quem Andréia era advogada.
Ele ainda afirmou que, após o ocorrido, acabou sabendo do crime e que estava sendo procurado pela polícia, e que se escondeu em um pasto e ligou para sua esposa dizendo “você está feliz agora?”. Valtencir foi preso em Rolim de Moura (RO) cerca de dois meses depois. Considerado desertor da corportação, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, emprego de meio cruel e utilização de recurso que dificultou a defesa) e porte ilegal de arma de fogo.
O motivo do crime seria justamente por Andréia estar defendendo a mulher de Valtencir, além de estar pedindo pensão alimentícia para um dos filhos.