O depoimento dos ex-policiais militares Celio Alves de Souza e Hercules de Araújo Agostinho, acusados de serem pistoleiros do ex-chefe do crime organizado no Estado João Arcanjo Ribeiro, esta manhã, em júri popular, durou menos de uma hora. No banco dos réus, os 2 negaram ter assassinado o empresário Mauro Sérgio Manhoso, a mando Arcanjo. Hercules disse que foi “coagido” pela promotoria, após ser recapturado, para confessar o crime e “incriminar Arcanjo”. Relatou que chegou a receber benefícios em troca de delação para manter a versão de que teria pilotado a moto para Célio efetuar os disparos contra Manhoso. O empresário foi morto com 9 tiros, próximo da empresa que era dono, no centro de Cuiabá. O depoimento foi mudado por ele em oitivas posteriores.
Célio também negou a autoria e ficou calado diante de alguns questionamentos da juíza Monica Perri e do promotor de Justiça João Gadelha. Ele é acusado, nos autos, de ter sido contratado por R$ 8 mil para matar Manhoso, que estaria “atrapalhando” os negócios de Arcanjo.
Celio e Hercules já são condenados por outros crimes e estão na Penitenciária Central do Estado, para onde devem voltar mesmo se forem absolvidos neste júri. Porém, o Ministério Público aposta na condenação.
O julgamento deve seguir até à noite, em um fórum em Cuiabá. Neste momento defesa e acusação fazem suas esplanações ao corpo de jurados, formado por 7 homens.
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