Foi condenado ontem, a 30 anos de prisão, o ex-policial militar Célio Alves de Souza, 42, por dois homicídios e três ocultações de cadáveres. Com mais essa condenação, Souza passa a ter 82 anos de condenação. O ex-PM foi absolvido de uma acusação de assassinatO e nos outros dois, condenado por 4 votos contra 3. Célio foi julgado pelos homicídios de Leandro Gomes dos Santos; Celso Borges e Mauro Celso Ventura de Moraes, ocorridos no dia 15 de maio de 2001, por volta das 21h, no bairro São Mateus, em Várzea Grande.
De acordo com A Gazeta, o julgamento, que durou mais de 13 horas, foi marcado inclusive por um pedido de prisão de uma das testemunhas de acusação, feito pelo promotor Mauro Curvo. O motoqueiro G.T.L mentiu durante o depoimento, no início da tarde, negando que tinha sido assaltado. De acordo com a denúncia, ele trabalhava para João Arcanjo Ribeiro e recolhia o dinheiro das bancas do jogo do bicho. Este roubo é o motivo apontado pelo Ministério Público para o crime. Arcanjo teria encomendado as mortes para que servissem de “exemplo”.
O ex-PM, alegou inocência desde o início do julgamento, até depois da sentença ser lida. “Eu sou inocente, mas o júri entendeu que tive culpa e só resta acatar a decisão”. O advogado do réu, Waldir Caldas, que defendeu durante todo o tempo a inocência de seu cliente, afirmou ao final do julgamento que não irá recorrer da sentença, considerando o resultado “justo e de alguma forma satisfaz o próprio réu e a defesa”. O promotor Mauro Curvo disse que esperava uma condenação maior.