Mato Grosso dá mais um passo na construção da Ferrovia Vicente Vuolo no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá. Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), autorizou a realização dos estudos de impacto ambiental e de viabilidade técnica na região. A confirmação é do secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes (Selit), Francisco Vuolo, que se reuniu juntamente com o governador Silval Barbosa (PMDB) com o presidente da ANTT, Bernardo Figueiredo na terça-feira (9) em Brasília.
Conforme Vuolo, o presidente da agência garante que a elaboração do projeto e definição da equipe técnica serão decididas ainda neste mês. Entre outras questões debatidas na reunião, Vuolo destaca o modelo de concessão a ser adotada na ferrovia, além dos estudos de impacto ambiental no futuro trecho entre Cuiabá e Santarém, no Pará.
Segundo Francisco Vuolo, os estudos devem se estender por 18 meses, a contar desde a assinatura de um termo de compromisso, em junho, o que ocorrerá na mesma época da conclusão da Ferronorte entre Itiquira e Rondonópolis.
Na avaliação do superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Seneri Paludo, a ferrovia tem 2 grandes efeitos para a agropecuária. O primeiro é o processo de escoamento e logística, que está concentrada em Alto Taquari e poderá vir para Cuiabá. Outro efeito é a questão do frete de retorno, que é principalmente trazer os insumos do sul do país para abastecer a produção do Médio Norte. "Assim que sair será bem-vinda para o setor produtivo, mas existem outras prioridades", diz Paludo ao citar a conclusão da BR 163, e a ampliação da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), além da tão sonhada hidrovia Teles Pires/Tapajós.