Um estudo divulgado pela Confederação Brasileira dos Municípios com base em dados da pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios Brasileiros/MUNIC 2008 revelou quais foram os principais problemas ambientais que mais atingiram as cidades brasileiras nos anos de 2006 e 2007. O topo do ranking é ocupado pelas queimadas, verificadas em 54% dos municípios pesquisados. O desmatamento figurou na segunda posição ao ser notado em 53% do território. Já o assoreamento de corpos d’ água afetou 40,8%.
A relação apresenta também itens como a poluição e a escassez de água, quarto e quinto lugares com 41,7% e 40,8% respectivamente. Figuram na lista ainda contaminação do solo, poluição do ar, redução da quantidade/diversidade ou perda da qualidade de pescado, degradação de áreas legalmente protegidas, alterações de paisagens entre outros.
Em Mato Grosso, 76,60% dos gestores colocaram as queimadas como primeira colocada na lista das maiores preocupações. Do ranking nacional, este foi o sétimo maior percentual demonstrando a incidência de casos desta natureza entre os municípios. No Espírito Santo 82,1% das prefeituras relataram ter havido problemas com queimadas. Sergipe (76%) e o Mato Grosso do Sul (75,6%) apareceram em segundo e terceiro, consecutivamente.
Ao contrário da estatística nacional Mato Grosso não colocou o desmatamento como segundo maior problema ambiental. Mas sim o assoreamento (que ocorre quando há obstrução de um rio, canal ou açude pelo acúmulo de substâncias minerais ou orgânicas – areia ou argila – ou intervenções humanas, como a ocupação inadequada do solo, desmatamento, queimadas, e demais fatores). De acordo com a confederação, Mato Grosso foi o sétimo Estado que mais registrou assoreamento (63,1%). O Espírito Santo lidera as ocorrências no Brasil, com 82,1%.
No tocante a poluição do ar, 36,88% das cidades afirmaram ter enfrentado o problema em Mato Grosso. Gestores acusaram ainda problemas relacionados a redução da quantidade de diversidade ou perda da qualidade de pescado (31,91%), degradação de areas protegidas (34,04%), e atividade pecuária prejudicada por problemas ambientais (17,73%).