sábado, 28/junho/2025
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Estudo feito no Nortão revela papel fundamental das antas na dispersão de sementes na Amazônia

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Só Notícias/Wellinton Cunha (foto: reprodução/arquivo)

A pesquisa, publicada ontem na revista científica Acta Amazonica, coletou 140 amostras de fezes de antas que vivem em uma área de proteção permanente da usina hidrelétrica do rio Braço Norte, entre Guarantã do Norte e Novo Mundo (232 e 264 km de Sinop, respectivamente). Os resultados apontaram que as sementes ingeridas e defecadas por antas têm mais chance de se desenvolver, demonstrando que a conservação do mamífero é importante para manter a biodiversidade e o equilíbrio ecológico no bioma.

As sementes que passaram pelo trato digestivo dos animais germinaram até duas vezes mais rápido em comparação com as que caem diretamente na terra: entre 8 e 65 dias após o plantio. As que foram plantadas de forma mecânica levaram de 27 a 92 dias.

Conhecidas como “vacas-da-mata”, as antas percorrem grandes distâncias e contribuem para a dispersão de plantas em locais com menor competição com outras espécies. As análises consideraram seis espécies de plantas nativas que servem de alimento para os animais: cajá-da-mata, mirindibá-do-cerrado, angelim-favela, sete-cascas, goiabinha-do-mato e jenipapo.

A espécie de anta que vive na Amazônia é a anta-brasileira (Tapirus terrestris), que está listada como “vulnerável” na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e também está protegida pela legislação brasileira. As principais ameaças à sua sobrevivência incluem perda de habitat devido à expansão agrícola e pecuária, caça ilegal e atropelamentos.

O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Univates (Universidade do Vale do Taquari).

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