A partir de agosto, o governo irá digitalizar todos os títulos de terras no Estado para ter uma espécie de banco de dados e buscar equacionar os problemas fundiários existentes hoje. A informação é do presidente do Intermat, Afonso Dalberto, ao observar que a luta pela propriedade de terras em Mato Grosso vem desde a época da sesmaria até os dias de hoje em razão da sobreposição de documentos.
“Estamos trabalhando para equacionar os problemas fundiários do Estado”, ressaltou. Mato Grosso possui em torno de 94 milhões de hectares e uma boa parte do seu território existe conflito pela posse. Esse problema se agrava, de acordo com Dalberto, no entorno das reservas indígenas, porque os títulos nessas áreas foram “deslocados” para região próxima, que já era titulada.
Ele explicou que, pór determinação do governador Blairo Maggi, está trabalhando para resolver esse “gargalo” existente. Afonso Dalberto disse que, se pegar todos os títulos desde a sesmaria até os fornecidos pelo Intermat, cobre quase todo o Estado. A estimativa, informou, é de que em torno de 10 a 12% do território mato-grossense são áreas devolutas. “Nós estamos fazendo a arrecadação, mas muitas já estão ocupadas a muito tempo, como as esmarias n a Baixada Cuiabana”, informou.