A avaliação foi feita pelo especialista em segurança pública da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, Maurício Domingues Silva, durante um encontro com agentes da secretaria Municipal de Trânsito, na câmara. De acordo com ele, a média ideal seria de pelo menos um policial para cuidar de 250 habitantes.
“Um policial tem capacidade de cuidar de pelo menos 250 pessoas em um dia normal. Porém, no Brasil, as últimas metodologias aplicadas indicam que, para cada mil habitantes, existe um policial. Devido a isso, é que chegamos neste caos na segurança pública no país. Infelizmente houve um abandono muito grande das forças de seguranças na parte orçamentária. Nós últimos anos, o municípios começaram investir no policiamento estadual, mas ainda não é o suficiente”, disse Silva, ao Só Notícias.
Domingues avaliou ainda que o sistema político brasileiro abandonou e não fez os investimentos necessários em segurança. “O setor político não deu importância necessária para setor. Efetivo defasado, presídios inacabados e outros com selas lotadas. Tudo isso acabou resultando na explosão e rebeliões em diversos presídios do país. A cidade que tiver bom orçamento terá um bom policiamento. Porém, não podemos generalizar com um polícia ruim e desestruturada cuidando de todo o Estado”.
De acordo como comandante regional da Polícia Militar, tenente coronel Valter Razera, nos últimos dois anos, houve um aumento significativo no reforço policial no município. “Entendemos que este número de policiais ainda não é o ideal. Seria necessário pelo menos um militar para 500 habitantes. Porém, ocorreu uma melhora e investimento expressivo do governo do Estado, nós último anos. Até 2014, por exemplo, havia apenas um policial para 1,5 mil habitante. Número muito abaixo do era necessário”.
Em Sinop, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 132,9 mil habitantes. Atualmente, trabalham nas ruas e administrativamente 150 policiais com 14 viaturas. Ou seja, cada militar é responsável por atender cerca de 880 habitantes diariamente.
Segundo relatório da Secretaria de Estado de Segurança Publica entre os anos de 2014 e 2015 houve um aumento nos três principais índices criminais no Estado. Nos roubos, 22%; furtos, 6%; tráfico e uso de drogas, 11%. Apenas os casos de homicídios teve redução de 12%. Os dados de 2016 ainda não foram divulgados.