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Escola de samba carioca homenageará parque indígena mato-grossense no Carnaval

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A escola de samba Imperatriz Leopoldinense vai homenagear o Parque Nacional do Xingu, durante o Carnaval carioca. Ao Só Notícias, o carnavalesco responsável pela criação do desfile, Cahê Rodrigues, explicou que o tema será uma “viagem sobre a cultura indígena” brasileira. “O ponto de partida é as etnias das terras localizadas na região do Xingu. O enredo também homenageia o parque idealizado pelos irmãos Villas Bôas e que completou no ano passado 55 anos de fundação. É um universo rico de possibilidades”, afirmou.

A letra do samba-enredo, composta por Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna, exalta os indígenas como guardiões da floresta. No entanto, Cahê garante que o objetivo não é “atacar” o agronegócio mato-grossense. “Retrataremos a vida dos povos indígenas do Xingu e, a partir de sua ótica, a cultura, a forma como vivem e se organizam e a relação com a natureza. E, claro, falaremos da degradação de parte da reserva por diversas ações, entre elas de construções irregulares (muitas embargadas pela justiça), desapropriações, plantios e práticas relatadas  pelos próprios xinguanos. Não há intenção da Imperatriz Leopoldinense em pintar "setor A" ou "B" como vilões. Não é este  o nosso foco”.

A Imperatriz também confirmou que diversas lideranças indígenas foram convidadas a participar do desfile, entre elas, o cacique Raoni Metuktire. O convite foi feito pessoalmente por Cahê. “Estive no Xingu no mês passado para oficializar o convite em nome da Imperatriz e vivi umas das experiências mais marcantes da minha vida como artista”.

Mato Grosso já foi tema de outras escolas cariocas. No ano passado, a Unidos da Tijuca ficou em segundo lugar com o tema “Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado", uma homenagem aos produtores rurais de Sorriso. Em 2013, a Mangueira ganhou o Estandarte de Ouro do Carnaval com uma homenagem à Cuiabá. Durante o desfile a escola lembrou a saga dos "bandeirantes" que expandiram as fronteiras do Brasil quando ainda era uma colônia portuguesa, e sua relação com os índios do Estado. 

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