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Enfermeiros mantém paralisadas atividades no hospital regional em Sinop por atraso salarial

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Só Notícias/Cleber Romero (fotos: Só Notícias/arquivo)

Cerca de 400 técnicos em enfermagem e enfermeiros do Hospital Regional de Sinop continuam sem receber os salários dos meses de outubro e novembro. Com isso, estão mantendo a paralisação das atividades com apenas 30% do efetivo no trabalho de enfermagem e 50% nos atendimentos nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) e Central de Material Esterilizado (CME).

A coordenadora do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen) em Sinop, Ivone Oberdenge disse em entrevista, ao Só Notícias, que os funcionários querem o pagamento integral dos atrasados e parte do 13º salário. “A greve contínua por tempo indeterminado. Até agora, os diretores do Instituto Gerir não se posicionaram ou nos chamaram para uma negociação”, explicou.

A greve começou na última sexta-feira. Anteriormente, o presidente Sinpen, Dejamir Souza Soares, explicou que mesmo com a liberação feita pelo juiz Mirko Vincenzo Gianotte, da 6ª Vara Cível de Sinop, do valor de R$ 5,2 milhões, os pagamentos não foram efetuados. “Com o desbloqueio o dinheiro foi para uma conta única do Tribunal de Justiça. Por conta disso, o Instituto Gerir não conseguiu honrar com os pagamentos. O dinheiro não foi liberado na conta da empresa para pagar os enfermeiros. Por isso, foi deflagrada a greve por não ter uma data definida para fazer o pagamento. O objetivo é forçar à justiça a liberar esse valor o mais rápido possível. Pagando os salários acaba a greve”, afirmou.

Soares também apontou que  disse que o dinheiro liberado pela justiça é suficiente para quitar o 13º salário dos funcionários do hospital. Segundo ele, a folha mensal é de R$ 700 mil.

Conforme Só Notícias já infirmou, dos R$ 5,2 milhões que estavam bloqueados desde o dia 30 do mês passado, e que foram liberados pelo juiz Mirko Gianotte, a secretaria de Estado de Saúde (SES), disse que vai usar R$ 4,2 milhões para pagar os salários dos funcionários, que estão atrasados desde outubro, além de materiais básicos de consumo, e R$ 1 milhão será destinado para reforma que estava em andamento na unidade.

O bloqueio de valores do hospital ocorreu após ação civil pública proposta em meados de outubro pela 3ª Promotoria de Justiça Cível de Sinop contra o Estado, o Instituto Gerir, e a 4Health Serviços Médicos Ltda EPP. O Ministério Público alegou que o bloqueio serviria para garantir os pagamentos de todos os funcionários e a compra de insumos e medicamentos necessários ao funcionamento da unidade.

Consta nos autos que o Instituto Gerir atua na administração do hospital desde dezembro de 2017, e com a empresa a frente dos trabalhos, os funcionários da unidade passaram a reclamar de constantes atrasos nos salários. Por sua vez, o instituto alegou que o problema era decorrente de atrasos nos repasses por parte do governo.

Outro lado

Procurada por Só Notícias, a assessoria do Instituto Gerir informou que se posicionará nas próximas horas.

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