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Enfermeiros de Cuiabá ameaçam greve por reajuste salarial

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Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem da rede pública, em Cuiabá, devem entrar em greve nos próximos dias, sendo que os detalhes da paralisação, serão definidos em assembleia-geral da categoria nesta quinta-feira (3), às 14h. O indicativo de greve já foi aprovado na semana passada, depois que a prefeitura ofereceu reajuste de R$ 100 ao passo que eles reivindicam salários compatíveis com função de enfermagem que exige formação em nível superior.

A greve afetará os serviços no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Morada do Ouro, em todas as policlínicas e unidades de Postos de Saúde da Família (PSF). Existem hoje 1.140 profissionais, mas de acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, 60% deles são contratados e recebem 1 salário mínimo que está hoje em R$ 724.

Atualmente, os enfermeiros da rede municipal recebem salários de R$ 1,7 mil por 40 semanais trabalhadas e querem equipação aos odontólogos que ganham no início da carreira, R$ 3,5 mil para trabalharem durante 20 horas por semana. A greve foi a medida adotada pela categoria porque as negociações não avançaram. Desde novembro de 2013 a classe começou a negociar com a Secretaria municipal de Saúde, mas foi pedido aos trabalhadores para que aceitassem a suspender as negociações até abril deste ano quando deveriam ser retomadas.

À época a prefeitura disse que ao retomar os diálogos neste ano, a categoria deveria fazer uma contrapoposta e depois disso um projeto de lei disciplinando o reajuste seria enviado pelo Executivo até o dia 30 de junho para aprovação na câmara de Cuiabá. Contudo, o presidente do Sinpen, Dejamir Soares, diz que não foi isso que aconteceu.

Ele informou que o reajuste oferecido pela prefeitura foi de apenas R$ 100 e a categoria não aceitou. Durante a greve, o efetivo de 30% de profissionais trabalhando será mantido conforme determina a lei que disciplina as greves trabalhistas. O sindicalista denuncia ainda que existem 2 leis que garantem aos servidores contratados, o mesmo salário de R$ 1,7 mil pago aos efetivos, mas são descumpridas pela Prefeitura. A assembleia da categoria está marcada para ocorrer às 14h no Pronto-Socorro de Cuiabá.

Outro lado:
A assessoria confirmou a negociação afirmando que ainda está aberta e aguarda outra proposta da categoria.

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