O empresário e procurador de empresas, Roberto Gomes Gonçalves, ficou ontem por cerca de 6 horas acorrentado a uma pilastra, dentro da gerência regional do Ibama, em Juína. Roberto explicou ao Só Notícias que foi um ato de desespero diante da “inoperância” do Ibama.
“Represento 3 empresas madeireiras e desde o dia 15 estou reivindicando ATPFs e não consigo a liberação. Vejo muitos funcionários já com aviso prévio, firmas fechando e entrei em desespero, tomando esta atitude”, explicou, agora há pouco, por telefone, ao Só Notícias.
Roberto afirmou que além da burocracia e rigor do Ibama na documentação das madeireiras, o pior entrave da regional de Juína é a deficiência de recursos humanos. “O número de funcionários é extremamente reduzido e não consegue atender as madeireiras da região. Temos apenas 3 analistas e nenhum engenheiro. A situação está muito difícil”, ressaltou.
Depois de permanecer das 10:30h até as 15:30h acorrentado dentro do Ibama, Roberto disse que entrou em acordo com a gerência para agilizar o trabalho de liberação das ATPFs até segunda-feira. “Espero que surta efeito também para os outros empresários, que como eu, estão nesta situação desesperadora”, concluiu.
Com esse protesto, ele pretende sensibilizar os dirigentes do Ibama, e chamar a atenção das autoridades para essa causa que já tem criado uma serie de problemas. Segundo ele, a empresa Rio Norte, de Aripuanã, da qual ele é representante, expediu aviso prévio para 80 funcionários.