Um grave acidente envolvendo uma carreta e dois veículos de passeio, na BR-364, matou o empresário do ramo de papelaria Mathias Neves de Oliveira, 54 anos, e feriu com gravidade sua esposa e os dois filhos do casal, todos passageiros do veículo Vectra branco que colidiu de frente com uma carreta. A tragédia ocorreu, ontem, por volta das 14h45, a cerca de 20 quilômetros de Rondonópolis. Parte da carga de óleo lubrificante da carreta que tombou na pista ficou espalhada sobre a rodovia o que causou o bloqueio até às 2h desta madrugada e congestionamento de 20 quilômetros em cada lado da rodovia.
A esposa do empresário, Lucinéia Aparecida da Fonseca Neves, 50 anos, e os filhos, Mathias Filho Neves, 18 anos, e Geovana Fonseca Neves, 25 anos, sofreram lesões graves e foram conduzidos para o Hospital Regional de Rondonópolis. Já o motorista da carreta, que apesar de ter tombado na pista e sair arrastando tudo o que encontrava pela frente, Jucelino Aluízio Helmamm, 31 anos, saiu ileso. Um terceiro envolvido no acidente, condutor da picape Strada, placa NJA 3620, Paulo Sérgio Borges da Silva, 43 anos, também saiu ileso. O veículo que ele conduzia caiu de um barranco de aproximadamente 4 metros, segundo informou um dos agentes da Polícia Rodoviária Federal.
A causa do acidente apontada pela PRF é a falta de sinalização horizontal para informar sobre o término da terceira faixa. Pelo menos outras cinco pessoas já morreram no mesmo trecho nos últimos cinco anos, garante a PRF, pelo fato de não existir as pinturas na pista informando o estreitamento da rodovia logo à frente. Neste acidente, a família de Mathias seguia atrás de uma fila de caminhões e com o término da pista extra prosseguiu adiante na contramão e bateu de frente com a carreta.
De acordo com o policial José Medeiros, existem placas ao lado da rodovia, como uma localizada a cerca de 200 metros atrás do trecho onde houve o acidente, mas não são visualizadas em casos como este, onde caminhões que vão à frente bloqueiam a visão do condutor de veículos de passeio. Para ele, o que falta são ações do Dnit para corrigir o “problema de engenharia de tráfego” ali existente.
O empresário que morreu também pertencia a diretoria do União Esporte Clube, de Rondonópolis. Em fevereiro de 2005, sua equipe de futsal, o clube Esportivo e Recreativo Papelaria do Contabilista (Cerpac), representou Mato Grosso na Copa Brasil de Futsal, e por este motivo era bastante querido e elogiado no cenário esportivo mato-grossense.