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Empresa que teve contrato com o Detran suspenso demite 61 funcionários em Mato Grosso

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

A EIG Mercados informou por meio de uma nota que fez a demissão de 61 funcionários que atuam no Detran em todo estado de Mato Grosso, tendo mantido os demais funcionários, mesmo impedidos de prestar o serviço. “As demissões ocorreram por falta de respostas e posicionamento do interventor nomeado pelo Estado, Augusto Sérgio de Sousa Cordeiro, em relação aos 16 ofícios encaminhados pela empresa, a respeito da responsabilidade do interventor quanto ao pagamento dos salários e fornecedores relacionados à concessão.

A folha de maio que deveria ter sido paga pelo interventor até o quinto dia útil do mês, foi quitada com dez dias de atraso pela empresa para não aumentar a dívida, mesmo após a estranha decisão do governo de Mato Grosso de suspender o contrato, sem mesmo abrir prazo para defesa administrativa”.

O contrato com a empresa está sob intervenção desde o dia 3 de abril, quando o governador Pedro Taques (PSDB) assinou o decreto estipulando o prazo de 180 dias para a medida, após a empresa ser investigada na Operação Bereré, deflagrada no dia 19 de fevereiro.

 

Na segunda fase da operação, denominada Bônus, e deflagrada em 9 de maio, foram presos o deputado estadual Mauro Savi (DEM), o advogado e ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taque, e os empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos.

Na época, o Ministério Público explicou, por meio da assessoria, que De acordo com a assessoria que a Bônus é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas com objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos através de empresas que prestaram serviços para a autarquia, uma delas no fornecimento de lacres para placas, desde o governo Silval Barbosa, quando começaram os desvios que passariam de R$ 27 milhões entre 2009 e 2014. Outros deputados estaduais foram citados, em delação premiada, por supostamente receberem propina. Alguns prestaram depoimentos recentemente ao MP.

Mauro Savi foi acusado, em delação premiada de um dos envolvidos, de ser um dos que mais recebia propina e também foi apontado por ter feito indicações de aliados para ocupar cargos no Departamento Estadual de Trânsito, dentre eles o ex-presidente Teodoro Lopes, o Doia, que depois de deixar o cargo foi secretário de Finanças na prefeitura de Sinop.  Paulo Taques foi citado pelos empresários Roque Reinheimer e Marcelo Silva. O Gazeta Digital informou que eles disseram à Polícia Civil e ao Ministério Público que o escritório de advocacia que tem Paulo como um dos sócios seria o responsável por tratar de assuntos relacionados à empresa em Cuiabá.

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