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Em Mato Grosso 9,8 mil pacientes esperam por cirurgia

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Nove mil, oitocentos e seis pacientes esperam por uma cirurgia no Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso. Nos últimos meses, os procedimentos foram reduzidos devido à falta de leitos na rede conveniada, principalmente em Cuiabá. Com a greve dos médicos e servidores da Saúde estadual, a lentidão da fila será ampliada. Enquanto não há solução, as pessoas passam pelo agravamento da doença e acabam voltando para os hospitais, mas em condição de emergência. Em alguns casos, morrem antes de conseguir a assistência. O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Arlan de Azevedo, afirma que mais de mil pessoas esperam por um exame de biopsia no Estado. Há casos de solicitação de 2008. Sem diagnóstico, um câncer que podia ser curado, acaba expandindo e gerando a morte ou mutilação do doente.

Conforme Azevedo, o exame é feito na rede conveniada, mas é “conveniente para o sistema” pagar o dobro com quimioterapia e radioterapia, que são disponíveis, ao invés de curar com procedimento cirúrgico e poucas sessões.Para ele, todas as “mazelas” do sistema de saúde apareceram após o fechamento do Pronto-Socorro de Várzea Grande. Todos atendimentos de urgência e emergência foram transferidos para Cuiabá, que não tem condições de assumir. O resultado, conforme Azevedo, é pessoas nos corredores e “mendigando” assistência no PS de Cuiabá.

Ele analisa que a situação da unidade ficou em evidência devido à quantidade de denúncia de mortes pela falta de atendimento. Mas, o que não tem como mensurar é a quantia de pessoas que acaba morrendo por falta de cirurgia.
As equipes de urgência e emergência do PS passaram a operar mais e não havia lugar para receber os pacientes durante o período de observação nas enfermarias. Então, eles foram transferidos para rede conveniadas, que atenderam a demanda de leitos de retaguarda. A consequência da ação foi a redução das cirurgias eletivas e o aumento do risco de infecção, explica Azevedo. Com a capacidade de lotação máxima, a lavanderia e a cozinha têm dificuldade em atender a demanda e fazer todas a desinfecção necessária. Outro ponto é a limpeza das enfermeiras, que fica comprometida com a circulação de um grande número de pessoas.

O presidente do CRM acredita que o “caos” foi gerado pela carência de investimentos em Saúde, que não acompanhou o aumento da população. Ele argumenta que a falta de leitos de retaguarda foi diagnosticada há 5 anos e nenhuma providência foi tomada pelo Estado. Projetos como a construção do Hospital da Mulher e da Criança, do Hospital Regional e da reativação dos antigos hospitais particulares São Thomé e Modelo ficaram apenas no anúncio, lembra Azevedo.

Em Sorriso, por exemplo, existem pessoas aguardando cirurgia ortopédica desde 2006. Na cidade, dados da Secretaria Municipal de Saúde, revelamque mais de 500 pessoas aguardam ser reguladas para algum tipo de procedimento pelo SUS. Para o secretário de Saúde de Sorriso, Edmilson Oliveira, o atraso traz prejuízos para o paciente, que tem a condição agravada. Outro problema é o custo, já que a espera é mais cara do que a cirurgia. Ele relata que o paciente continua recebendo o atendimento da rede básica, que é responsabilidade do município, e consumindo medicamentos. A pessoa também acaba afastada do trabalho e recebendo benefício do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

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