A Eletrobras informou que finalizou fase de diagnóstico técnico na Usina Hidrelétrica Colíder, localizada no rio Teles Pires, em Colíder. A companhia disse que contratou empresas e especialistas que realizaram testes com diferentes equipamentos e tecnologias. O estudo apontou a necessidade de injeção de material no subsolo da usina, medida que marca o início da segunda etapa das intervenções.
O monitoramento integral da usina será mantido para avaliar a necessidade de novas ações. Durante esse período, o reservatório permanecerá no nível atual, sem previsão de novos rebaixamentos.
Hoje, a Politec também divulgou que o laudo realizado por peritos que confirmaram danos ambientais e riscos estruturais na usina. A manobra de rebaixamento foi realizada em junho deste ano, após o rompimento de quatro drenos do sistema de drenagem. Especialistas externos haviam recomendado o rebaixamento emergencial do reservatório em taxa de 0,5 m/dia, como medida preventiva à integridade estrutural da barragem.
O rebaixamento do reservatório foi medida adotada, desde agosto, para garantir a segurança da barragem que resultaram em mortandade de peixes e impactos na pesca, interferência na navegação e no turismo regional. As falhas foram em quatro dos 70 drenos.
Conforme Só Notícias já informou, no último dia 19, houve audiência pública em Colíder e lideranças manifestaram preocupações com impactos econômicos e ambientais causados pela redução no nível do reservatório. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Colíder, Agnaldo Afonso Pereira, avaliou a situação como preocupante. “O turismo de pesca foi o setor mais afetado, mas toda a movimentação econômica em torno do lago foi prejudicada. Precisamos de medidas que mitiguem esses impactos e de união entre poder público, Eletrobras e sociedade para reduzir as perdas e transformar essa crise em um processo de aprendizado”, disse, anteriormente.
A prefeitura constatou que, com a redução do lago, o impacto negativo na arrecadação pela perda na produção de energia para Colíder chega a R$ 100 mil ao mês. O presidente da câmara, Luciano Miranda expôs, na audiência, que o rebaixamento do nível do lago trouxe prejuízos enormes a proprietários de pousadas, marinas e pesqueiros, além de assustar a população, que teme até um rompimento da barragem. É preciso encontrar uma saída sustentável que devolva tranquilidade e segurança à região”, defendeu.
Os deputados estaduais Diego Guimarães e Wilson Santos articulam a criação de uma CPI, na Assembleia.
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