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Efetivo terá 2,5 mil agentes durante realização da copa em Cuiabá

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Com 6.680 policiais militares, Mato Grosso conta hoje com efetivo 44% inferior ao anunciado há 3 anos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). A expectativa da gestão era que a Polícia Militar tivesse 11.800 homens na corporação até 2014 para compor o esquema de segurança na Capital e interior durante a Copa do Mundo. Desde então, nenhum novo concurso foi realizado e o próximo certame, que deve ocorrer ainda este ano, abrirá cerca de 600 vagas.

Atual secretário da Sesp, Alexandre Bustamante destaca que o atual efetivo da PM, aquém do planejado, não vai interferir na segurança do Estado durante os jogos. Aponta que foi montado um esquema estratégico de segurança, que contará com 2.500 policiais civis, militares, bombeiros atuando em pontos estratégicos.

Esse grupo será responsável pelo acompanhamento e patrulhamento de locais importantes, como os Centros Oficiais de Treinamentos (COTs), aeroporto, Arena Pantanal, hotéis onde estarão hospedadas as autoridades e jogadores, além da segurança das delegações que vierem para Cuiabá.

Dados da Sesp apontam que, juntos, a PM, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros contabilizam aproximadamente 10 mil funcionários. Enquanto 2.500 cuidam especificamente das atividades voltadas para a Copa, o restante será responsável pelo policiamento ordinário de Cuiabá e do interior de Mato Grosso.

Para atender o plano elaborado pela Sesp, Bustamante aponta que durante o período do evento esportivo serão suspensas todos os tipos de licenças (exceto as médicas), férias e folgas das corporações. A medida elevará em 10% o número de servidores na ativa.

O secretário explica que a Sesp está treinando os policiais da ativa mais antigos e experientes para os trabalhos do ano que vem. Os homens que foram retirados dos municípios do interior serão substituídos pelos homens que entrarão no próximo concurso. "Estamos fechando o orçamento para saber ao certo quantas vagas abriremos para a PM. Mas adianto que o edital será aberto para chamamento mínimo de 600 policiais militares".

Na avaliação do presidente da Associação de Cabos e Soldados de Mato Grosso, Adão Martins da Silva, o atual efetivo da PM não é suficiente para garantir a segurança do evento em 2014 e da sociedade como um todo. Destaca que a corporação tem um déficit de 7.926 homens, se levada em consideração a Lei Complementar 459/2011 que previa a necessidade de 14.606 policiais militares para oferecer segurança pública com
eficácia em dias normais. "Com aumento de pessoas no Estado durante as festas, o trabalho será ainda mais desgastante".

Cita como preocupante a situação do interior do Estado, onde o reduzido número de homens deve ser agravado com a estratégia de segurança montada para a Copa. "Em alguns lugares o trabalho é realizado com carga horária muito superior ao que prevê a Lei".

Para o presidente, a ampliação do quadro de servidores é importante, porém é preciso garantir estrutura e remuneração digna. Destaca ainda que os policiais trabalham desmotivados e a tendência é a diminuição de homens na PM diante da falta de incentivo e Plano de Cargos e Carreira. "Na primeira oportunidade que o policial tem de sair, ele sai. Hoje, nós temos uns 1.500 soldados sem perspectiva de elevação de patente, isso desanima".

Por meio da assessoria de imprensa, o Comando da Polícia Militar afirmou que não comentaria as informações, uma vez que contratação de policiais e elaboração de Plano de Cargos e Carreiras tem caráter político e não está dentro da sua competência.

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