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Duas são condenadas por matar e enterrar mulher em Sinop; penas somadas passam de 30 anos de prisão

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Duas mulheres foram condenadas, ontem, em júri popular, pelo assassinato de Roseli Ribeiro de Melo, 44 anos, em 2016. Elza Maria Barbosa Ribas, 45 anos, foi condenada a 19 anos de cadeia por homicídio com três qualificadoras e ocultação de cadáver. Já Maria Aparecida Neves Duque de Melo, 45 anos, foi sentenciada a 15 anos de prisão por assassinato com duas qualificadoras. Ambas continuarão presas, mas ainda podem recorrer das sentenças.

Em agosto do ano passado, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça mantiveram inalterada a sentença de pronúncia contra Maria Aparecida. A defesa havia solicitado a despronúncia alegando “insuficiência de elementos mínimos de convicção sobre a autoria delitiva” e pediu ainda, subsidiariamente, “o decote das qualificadoras do motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, ante sua incomprovação nos autos”.

Conforme Só Notícias já informou, em alegações finais, a defesa de Elza requereu a absolvição “por legítima defesa”, além de “ausência de dolo, a desclassificação do crime de homicídio qualificado para lesão corporal seguida de morte, afastamento das qualificadoras, a absolvição quanto ao crime de ocultação de cadáver, revogação da prisão preventiva e autorização para prisão domiciliar”. O advogado de Maria, por outro lado, pediu apenas pela “impronúncia” e revogação da prisão preventiva.

Em fevereiro do ano passado, ao optar pela pronúncia, a Justiça Criminal, no entanto, não acatou as solicitações. “Considerando que subsistem os motivos ensejadores e que as medidas cautelares diversas da prisão, dadas as circunstâncias do crime, não se mostram suficientes para evitar novas práticas delituosas, mantenho a prisão preventiva, sobretudo ante a necessidade de se resguardar a ordem pública e à conveniência da instrução em plenário, determino que assim permaneçam até a realização do tribunal do júri”.

As duas mulheres foram presas em cumprimento de ordem judicial (prisão temporária) e confessaram participação no assassinato de Roseli. O corpo foi enterrado em uma vala, na estrada Nanci, e localizado no dia 26 de abril de 2016 por policiais civis. Elas ainda relataram ter jogado soda na vítima, no intuito, de “derreter” o cadáver localizado após 55 dias do desaparecimento.

Três investigadores e dois peritos acompanharam uma das mulheres presas e refizeram o trajeto, a partir do ponto onde se encontraram com Roseli e lhe ofereceram carona até o Camping Clube, onde a vítima morava. "Seguimos pela MT-220, conversando com ela, normalmente, até chegarmos na estrada Nanci. Ali a matamos com pauladas e facadas e escondemos o corpo na mata", relatou, na época, uma das envolvidas.

As duas estão presas nas cadeias femininas de Colíder e Nortelândia.

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