segunda-feira, 7/julho/2025
PUBLICIDADE

Drogas e álcool têm relação direta com agressões domésticas em MT

PUBLICIDADE

Os problemas ocasionados pelos entorpecentes e o álcool e a relação das drogas licitas e ilícitas com a violência doméstica foram abordados pela promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues Dalla Costa durante a palestra Violência Doméstica e sua Relação com Consumo de Drogas Lícitas e Ilícitas, durante o I Seminário Mato-grossense Violência Contra a Mulher – Reflexões em Busca de Soluções, hoje pela manhã.

Coordenadora das Promotorias de Violência Doméstica de Cuiabá e presidente da Comissão Permanente de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (COPEVID), Lindinalva apresentou dados de várias pesquisas mostrando o quanto o álcool e as drogas interferem no comportamento e têm ligação direta com a violência doméstica. A promotora também citou vários exemplos reais expostos pela mídia.

Lindinalva Costa lembrou que o álcool desinibe o homem e causa o rebaixamento crítico, deixando-o mais suscetível a cometer violência doméstica. Dos casos relatados em delegacias, 83% são relacionados ao alcoolismo. "Em casas onde a bebida está presente, a incidência das agressões é três vezes maior", comentou a palestrante.

Com base em uma pesquisa realizada pela Escola Paulista de Medicina, a coordenadora do COPEVID apontou que casais que ingerem álcool permanecem mais de 20 anos juntos e apesar de toda a violência sofrida, a maioria das mulheres relata que vê somente na morte a possibilidade da separação. "Os mesmos relatos vemos com as vítimas de violência da nossa cidade".

Ainda como parte da apresentação, a promotora destacou que tanto o álcool quando a droga refletem diretamente na degradação física, mental e emocional. Na ocasião, também foram apresentados dados sobre mulheres que terminam vendo no álcool um "remédio" para acalentar a dor provocada pelas agressões em casa. "É um outro lado da violência e do álcool. Temos estudos que mostram a vulnerabilidade da mulher quando ingere as drogas, seja lícita ou ilícita. Elas são alvos mais fáceis e a própria sociedade a condena pela sua condição".

Ao final da palestra, a juíza da Segunda Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Cuiabá, Adriana Sant"anna Coningham, o juiz de direito do Juizado Especial Criminal Unificado da Comarca de Cuiabá (Jecrim), Mário Roberto Kono de Oliveira, e o comandante do 4º Batalhão de Várzea Grande, tenente-coronel Wilquerson Felizardo Sandes, discorreram sobre o tema. A magistrada reforçou a importância da mulher não aceitar a agressão sobre o pretexto de o companheiro estar bêbado. "Ouvimos muito isso e não está correto", enfatizou.

O tenente-coronel confirmou as informações apresentadas na palestra e destacou que 80% das ocorrências atendidas pela Policia Militar são referentes à violência doméstica de modo geral. "O crime é o último estágio da violência. Até chegar nesse ponto, muita coisa acontece. Vivemos isso hoje em dia por conta de uma crise de valores presente na atual sociedade. A família hoje terceirizou a educação e muitos pais não querem acompanhar os filhos. As mulheres são tratadas como coisa, a começar pelas músicas que tocam hoje em dia, em uma forma de violência instituída de forma velada e justificando a agressão".

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Peão morre após ser pisoteado por boi em rodeio no Nortão

José Thaysson Medeiros da Silva, de 21 anos, faleceu...

Dois morrem após carretas colidirem e pegarem fogo em rodovia de Mato Grosso

Dois condutores, de idades não informadas, foram encontrados sem...

Apostas de Mato Grosso ganham mais R$ 52 mil na loteria

Uma aposta de Santo Afonso (257 km de Cuiabá)...
PUBLICIDADE