Lançadas hoje, pela primeira vez, essas e outras informações fazem parte de um sistema de indicadores sobre os diversos aspectos associados ao desenvolvimento humano e social das mulheres no âmbito da família, do trabalho, da educação etc, elaborados a partir dos microdados da amostra dos Censos Demográficos de 1991 e 2000.
De 1991 para 2000, os domicílios chefiados por mulheres aumentaram quase 37%, passando de 18,1% para 24,9%. Geograficamente, esse aumento do número de mulheres chefiando domicílios foi generalizado. No caso das mulheres brancas, o aumento foi de 1,5 ponto percentual (de 53,6% para 55,1%). Já entre pretas ou pardas, o quadro foi inverso: a redução da participação das mulheres na chefia feminina chega a quase 2 pontos percentuais (de 45,5% para 43,4%).
Em 1991, os maiores percentuais de domicílios chefiados por mulheres estavam concentrados nas áreas urbanas de Sergipe (24,4%), Bahia (24,1%) e Pernambuco (24,0%), e os menores nas áreas rurais de Rondônia (5,0%), Mato Grosso do Sul (4,1%) e Mato Grosso (4,0%).
Entre os municípios, a participação das mulheres na chefia feminina era maior em Francisco Dumont (MG, 48,3%), Divina Pastora (SE, 45,1%) e Arraial (PI, 38,7%), e menor em Cláudia e Brasnorte (ambos localizados no MT e com 1,8%) e em União Paulista (SP, 1,7%).
Em 2000, os maiores percentuais de domicílios com chefes mulheres eram dos municípios de Teodoro Sampaio (BA, 42,7%); Salinas da Margarida (BA, 41,0%); Tanquinho (BA, 38,2%) e Porto Alegre (RS, 38,1%), e os menores de Nova Bandeirantes (MT, 4,3%); Sul Brasil (SC, 3,9%); Parecis (RO, 3,7%) e Mirim Doce (SC, 3,5%).