O presidente do Instituto Creatio, Luciano de Carvalho Mesquita segui hoje, a Brasília, para acompanhar na Funai (Fundação Nacional do Índio) as negociações para a liberação dos oito pesquisadores e funcionários da fundação retidos pelos índios ikpeng, da aldeia Moigu, no Xingu.
Os pesquisadores fazem parte da equipe do Instituto Creatio, que foi contratada para fazer os Estudos Sócio-Antropológicos e Ambientais no entorno e dentro do Xingu. Esses estudos são necessários para que a Funai possa definir as compensações em relação à implantação da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) Paranatinga II, construída no município de Paranatinga, no entorno do Parque Nacional do Xingu, a cerca de 290 quilômetros de distância, pela margem esquerda do rio Kuluene.
A equipe multidisciplinar é composta por alguns dos mais respeitados pesquisadores do País. O Instituto Creatio é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) de Cuiabá e já realizou trabalhos semelhantes em Mato Grosso e em outros estados.
Os pesquisadores foram devidamente credenciados pela Funai para entrar no Xingu, que inclusive designou sua própria equipe, formada pelos quatro servidores funcionários, para acompanhá-los e dar suporte técnico e facilitar na relação com os povos xinguanos.
O trabalho já havia sido desenvolvido no Alto Xingu, mas, ao se prepararem para adentrar no Meio Xingu, os pesquisadores foram retidos. O episódio aconteceu no início na tarde de quarta-feira (20.02).
Os estudos são complementares a outros já desenvolvidos a pedido da Funai e foram contratados pela Paranatinga Energia Ltda., que está construiu a PCH Paranatinga II.
Os índios pedem a presença do presidente da Funai e do representante da Paranatinga Energia no local para liberarem os pesquisadores e funcionários.