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Diretor técnico aponta equívoco na alta de criança que morreu no Hospital Regional em Sorriso

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O diretor técnico do Hospital Regional de Sorriso, Rodrigo Bezerra, admitiu em entrevista coletiva, que houve um equívoco na alta hospitalar de um menino, de 2 anos, que morreu no último sábado, após ser internado na unidade. O médico negou qualquer possibilidade de troca medicação ou de prontuário da criança com de outro paciente.

“O hospital não foi comunicado formalmente. Não teve uma queixa da família. Nós nos reunimos e fomos atrás das pessoas envolvidas no plantão e do gerente da enfermagem. O papel de alta da criança foi colocado em outro paciente, mas não houve troca de medicação ou de prontuário. Não houve prejuízo para nenhum dos pacientes. A outra criança desde a madrugada não recebeu medicação. Nossas comissões tanto de óbito, de portuário e até a ética médica já foram acionadas. Nós encaminhamos esse prontuário para essas comissões que devem dar um parecer em 30 dias sobre o caso”.

O diretor técnico do hospital explicou ainda que criança chegou com uma constipação intestinal que evoluiu para febre e piora do quadro clínico geral. “Passou pela equipe do Pronto Socorro que depois encaminhou para pediatria e foi internado. Nesta internação, a constipação ocasionou uma translocação bacteriana. São bactérias do próprio intestino, que saem do lume e com isso acaba ocorrendo uma infecção. Já era um quadro mais arrastado que foi evoluindo e acabou com uma sepse (conjunto de manifestações graves em todo o organismo). De sexta-feira para sábado, houve uma piora do quadro clínico. No domingo, ele evoluiu para um choque séptico. Infelizmente evoluiu para uma parada cardíaca e acabou não resistindo e faleceu".

A acusação de troca de nomes durante medicação foi feita pela mãe do menino, Vanessa Filamand, em entrevista, ao Só Notícias, na última segunda-feira. Ele contou que o primeiro atendimento ocorreu na terça-feira (13), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele recebeu medicação, mas foi liberado. Na quarta-feira, passou mal, foi levado novamente a UPA, que o encaminhou à unidade estadual. “Na UPA, fizeram um exame, a doutora analisou, disse que tinha alguma coisa que ela não estava entendendo e encaminhou para o regional. Na madrugada de sexta, colocaram um soro. Depois disso, não deram mais nenhum tipo de medicamento. Ainda no hospital, o meu filho ficou com o corpo mole e voltaram a colocar um soro. Ele foi levado para uma outra sala e colocaram para respirar em uma máquina, mas já estava morto”.

A mulher disse ainda que uma enfermeira teria informado que a ficha de internação do menino estava trocada com a de outro paciente. “Isso ocorreu no sábado de manhã. Uma enfermeira disse que ele estava liberado, mas não conseguia nem respirar. Foram analisar as fichas e me falaram que o nome do meu filho estava trocado com o de outra criança, que também estava internada no mesmo quarto. Eu acredito que deram medicamento de outro paciente para o meu filho”, acusa.

Na declaração de obtido assinada por uma médica pneumologista, consta que a criança morreu em decorrência de obstrução intestinal e infecção generalizada. Ele foi sepultado em Sorriso, na última segunda-feira.

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