O diretor do presídio Ferrugem em Sinop, Silas Parra, disse, agora há pouco, ao Só Notícias, que ainda aguarda o alvará de soltura para liberar das pessoas durante a operação Kayabi, da Polícia Federal, na semana passada, em Alta Floresta, Paranaíta e Sinop sob acusação de grilagem de terras e extração ilegal de madeira em aldeias indígenas. Foram cerca de 35 prisões no Estado. Pelo menos 28 pessoas estão presas na penitenciária, em uma ala especial. Quatro mulheres também estão detidas na cadeia.
Conforme Só Notícias já informou, o TRF está concendo habeas corpus de ofício onde revoga decreto de prisão temporária dos 105 acusados em todo o Estado, que feita pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva. Segundo Parra, ainda não foi apresentado nenhum documento do juízo competente para ser feita a liberação.
A transferência do grupo para o presídio foi feita ontem. Todos estavam na cadeia, que foi parcialmente desativada no mês de janeiro, com o início das atividades do Ferrugem. Todos já prestaram depoimentos para a Polícia Federal no inquérito onde são denunciados pelo Ministério Público Federal.
Pesam sob eles as acusações de grilagem de terras públicas; exploração das florestas da terra indígena Kayabi; crimes contra o meio ambiente e a Administração Pública; extração, transporte e comercialização ilegal de madeiras; e genocídio contra as etnias indígenas Kayabi, Apiaká e Munduruku, que vivem na reserva Kayabi.