O aumento da mistura de biodiesel no óleo diesel dos atuais 8 para 10 por cento foi antecipado para hoje. Antes, a previsão era que os acréscimos na mistura ocorressem apenas no próximo ano. Segundo o sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, com a nova mistura, o país também abre espaço para a redução das importações de óleo diesel, o que ajuda na balança comercial brasileira de derivados de petróleo. Outro argumento de defesa do biodiesel é o de que reduz as emissões de gás carbônico (CO2).
Segundo o Sindipetróleo, a medida sofreu pressão da indústria da soja, que responde pela maior parte da matéria-prima – cerca de 80% – utilizada para a fabricação do biodiesel no Brasil. Os produtores oferecem o biodiesel em leilões destinados a atender a demanda desta mistura obrigatória. “No penúltimo leilão, o preço médio do litro de biodiesel saiu a R$ 2,4 sem considerar a margem Petrobras. Já no 59º Leilão (que atende o abastecimento de março a abril), o preço médio foi R$ 2,5 por litro, sem a margem”.
“Entender como funciona este mercado, é importante para que o consumidor final também compreenda que qualquer reajuste na composição do produto pode impactar nos preços nas bombas”, explica o diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Junior, por meio da assessoria.