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Desembargadoras de MT conciliam trabalho e vida pessoal

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Com uma vida corrida e uma jornada trabalho bastante extensa, que às vezes se estende em até 12h, as cinco desembargadoras que atuam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso ainda encontram tempo para ‘ser mulher". Ao deixarem a toga de julgadoras, elas se transformam em Maria Helena, Clarice, Maria Erotides, Marilsen e Maria Aparecida, pessoas comuns que não abrem mão de ser mães, filhas e esposas. Também como qualquer mulher que se divide entre o serviço, casa e filhos, fazem o possível para inserir na agenda apertada atividades que lhes dão prazer, como levar os filhos na escola e fazer uma comida especial para os familiares.

Maria Helena Povoas Gargaglione, por exemplo, que dorme apenas 5h por noite e todos os dias já está em pé às 5h da manhã, afirma que gosta de "tudo que uma mulher gosta", como reunir os amigos em casa, preparar refeição e, principalmente, brincar com os netos. Para isso, dinamiza e prioriza os momentos de forma a atender as necessidades profissionais e também as pessoais. "Caso eu não equacione o meu dia e não encontre tempo para ter vida pessoal, não conseguirei desenvolver a contento o meu trabalho, que também me dá muita satisfação".

Maria Aparecida Ribeiro também enfatiza o prazer em ser dona de casa, esposa e avó. "Apesar de não sair muito, tenho vida normal como qualquer outra mulher. Eu sou a verdadeira dona de casa, gosto de cuidar do lar, fazer comida, e me dedicar ao meu esposo, meus filhos e, principalmente, meus netos. No serviço, a demanda processual é grande e a jornada de trabalho é diuturna, mas é necessário conciliar lazer e trabalho, para sermos felizes e produzir com qualidade".

Religiosa, Clarice Claudino da Silva gosta, nas horas vagas, de cuidar de atividades relativas à doutrina espírita, a qual segue, e dar aulas sobre o assunto. Para conciliar trabalho e lazer, organiza sua rotina de forma a fazer primeiro as atividades mais urgentes e o tempinho que sobra dedica à doutrina. O segundo hobby, ouvir músicas, ela pratica dentro do próprio ambiente de trabalho. "Quando estou muito cansada ou com um processo muito complexo, ouço músicas clássicas e orquestradas para descansar a mente e pensar melhor. Fico renovada e consigo entender os problemas com mais clareza".

Todas concordam que, apesar do excesso de trabalho, não deixam de atuar no papel de mulher, nem de apoiar a inserção do sexo feminino em cargos antes ocupados somente por homens.

Na data em que se comemora O Dia Internacional da Mulher, as magistradas lembram que atualmente o Poder Judiciário conta com cinco desembargadoras ativas, quatro a mais do que o contabilizado há 10 anos, e atribuem isso a um reconhecimento da capacidade e da dedicação que as mulheres têm com o desempenho profissional. No TJMT a primeira desembargadora a assumir foi Shelma Lombardi de Kato, em 1979, 95 anos após ser instalada a Justiça Estadual em Mato Grosso.

Clarice lembra que as mulheres demoraram muito tempo para "romper o cerco" e entrar no Judiciário, e agora elas concorrem à ascensão no TJMT em número significativo, assim como os homens. Para ela, a "tendência é que esse número aumente, pois as mulheres estão concorrendo cada vez mais ao cargo de juíza e hoje são pelo menos um terço do quadro de magistradas".

Já Maria Helena afirma que as mulheres estão cada vez mais demonstrando grande aptidão para a magistratura e ressalta que a sociedade está exigindo a ascensão feminina em todos os campos de atuação.

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