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Desembargador nega pedido para soltar mulher acusada de encomendar a morte do genro no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

O desembargador Orlando de Almeida Perri negou um pedido para soltar uma mulher acusada de encomendar a morte do genro no município de Tabaporã (300 quilômetros de Sinop). Roberto Cândido Mateus, 42 anos, foi assassinado com dez tiros, em outubro de 2019. O corpo foi encontrado dentro de um veículo, em uma estrada vicinal que dá acesso à comunidade de São Cristóvão, na área rural.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado, a mulher teria encomendado a morte do genro, que estava em um processo “extremamente conturbado” de separação com a filha dela. O crime ainda teria envolvimento de outro genro da acusada e familiares desse acusado.

Ao ingressar com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça, a defesa alegou que a prisão da suspeita “carece de motivação idônea” e que não “há contemporaneidade”, uma vez que o crime ocorreu há dois anos. O advogado da acusada também pediu ao Tribunal que levasse em consideração as condições pessoais da mulher, já que ela “possui residência fixa, atividade lícita (aposentada) e, além do mais é primária, e ainda, desde 2019 sequer prestou qualquer esclarecimento/depoimento em delegacia”.

Para Perri, no entanto, apesar dos bons antecedentes da acusada, a prisão está fundamentada no “perigo ao meio social” que a soltura representaria. “Não se mostra razoável a aplicação de outras medidas cautelares alternativas à prisão, seja pela fundamentação da necessidade de custódia, seja porque no caso em apreço não são indicadas, por verificar que, apenas por ocasião do cumprimento do mandado de prisão temporária é que foram revelados dados imprescindíveis às investigações, não demonstrando a representada que, enquanto em liberdade, tinha intenção de colaborar com as investigações e responder as indagações direcionadas”, afirmou o desembargador.

O pedido de habeas corpus ainda será analisado, no mérito, pelos demais desembargadores da Primeira Câmara Criminal. O relator do recurso é o próprio Orlando Perri.

O corpo de Roberto estava no banco do motorista e o vidro da janela do lado esquerdo estava aberto. Na época do crime, os policiais revistaram o carro e encontraram os documentos pessoais, além de R$ 90 em dinheiro.

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