Mais um dos presos no último dia 17 pela Operação Navalha, da Polícia Federal (PF), foi solto há pouco: o diretor financeiro da Construtora Gautama, Gil Jacó Carvalho Santos, prestou depoimento à ministra Eliana Calmon, relatora do inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e teve sua prisão revogada.
Santos é o penúltimo dos cinco investigados convocados a depor hoje (28) e o 43º dos 47 presos a ser solto. Apenas três suspeitos permanecem presos, após prestarem depoimento à Justiça: a diretora comercial da construtora, Maria de Fátima Palmeira, apontada como braço direito do dono da empresa, Zuleido Veras; outro diretor da construtora, Vicente Vasconcelos Coni; e João Manoel Soares Barros, funcionário da empresa no Piauí.
O quarto suspeito mantido preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília é Zuleido Veras. No sábado (26), ele se negou a falar durante o depoimento e teve a prisão preventiva mantida. Zuleido é apontado pela PF como mentor do grupo que fraudava licitações públicas e desviava recursos federais destinados a programas como o Luz para Todos.
Às 21 horas, o último depoente da noite começou a ser ouvido: o engenheiro Abelardo Sampaio Lopes Filho, diretor do escritório da construtora em Alagoas.
No Supremo Tribunal Federal (STF), a assessoria confirmou ter recebido no início da noite as informações relativas à participação de Zuleido Veras e de Vicente Vasconcelos Coni no esquema, solicitadas ontem pelo ministro Gilmar Mendes – responsável pelo julgamento dos pedidos de habeas corpus apresentados pela defesa dos presos. Ainda segundo a assessoria do tribunal, a decisão só deverá sair amanhã (29).
Os advogados da diretora comercial Maria de Fátima Palmeira e do funcionário João Manoel Soares Barros também pediram habeas corpus hoje.