Os delegados Richard Damaceno, de Sinop, e Helena Heloisa de Miranda, de Cláudia, se recusaram a prestar depoimento ao promotores do Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – e questionaram a legitimidade do órgão para presidir o inquérito. Richard e Helena foram presos na terça-feira, durante a operação Arrego, para combater o crime organizado no Estado.
O advogado dos dois, Ricardo Monteiros, disse à A Gazeta que vai recorrer judicialmente. “Tem que apurar crime organizado, mas em conformidade com a lei. Um inquérito tem que ser presidido por delegado de polícia e, quando delegados são investigados, daí a responsabilidade é da corregedoria”, declarou. O promotor Mauro Zaque, que conduz as investigações, disse que o advogado “deveria estar preocupado em fazer a defesa” dos delegados e não questionar a legitimidade do Gaeco.
O Ministério Público acusa os delegados de terem sido subornados pela organização criminosa de João Arcanjo Ribeiro para darem proteção ao esquema do jogo do bicho. Richard Damasceno negou as acusações e disse que é vítima da disputa de grupos pelo controle do jogo do bicho. A delegada Helena Miranda não concedeu entrevistas.
Outras 13 pessoas foram presas durante a operação – o genro de Arcanjo, Geovani Rodrigues e 5 policiais. Os mandados de prisão são de 5 dias.
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