Os delegados da Polícia Federal decidiram, em assembleia realizada ontem à noite, paralisar todas as atividades por 24 horas, a partir de hoje. Com isso, todas as investigações realizadas ficarão suspensas até que o governo federal apresente proposta de reposição salarial. Permanecerão apenas o atendimento ao Setor de Passaportes para àquelas pessoas cujo agendamento já esteja confirmado e o serviço de plantão. O movimento é em nível nacional.
O posicionamento dos delegados se une aos dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal. A mobilização é nacional e, inicialmente, está programada para ocorrer até a sexta-feira (10). A paralisação atinge superintendência em Cuiabá e delegacias no interior, como a de Sinop, cuja área de abrangência é em mais de 30 cidades no Nortão. Apenas os casos considerados urgentes serão atendidos.
De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais, a mobilização é uma resposta ao governo federal que depois de negociar por três anos a reestruturação da carreira e salários dos policiais, não apresentou nenhuma proposta oficial até dia 31 de julho. A data havia sido fixada pelo próprio governo, informou a federação.
A reivindicação é a equiparação dos salários dos agentes, escrivães e papiloscopistas com a dos delegados cujos salários variam de R$ 7.514 a R$ 11.879. Delegados e peritos recebem de R$ 13.368 a R$ 19.700. Até o final de semana, pelo menos 13 das 27 entidades que representam a categoria no país tinham confirmado adesão ao movimento.
A Federação Nacional dos Policiais Federais está reivindicando ainda a demissão do diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra e, também, a estruturação das carreiras.