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Delegado quer mais prazo para concluir inquérito da queda de boeing no Nortão

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O delegado da Polícia Civil de Mato Grosso Luciano Inácio da Silva, responsável pelo inquérito que investiga o acidente envolvendo o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy 600 da empresa norte-americana Excel Air, no Norte do estado, vai pedir na segunda-feira (30) mais 30 dias para concluir as investigações.

O prazo para apresentação do relatório sobre o acidente se encerra na segunda-feira, mas de acordo com o delegado a prorrogação é necessária porque ele ainda não teve acesso à transcrição do conteúdo das caixas-pretas dos aviões.

Em entrevista à Agência Brasil, Silva disse que caso a Aeronáutica não forneça as informações pretende recorrer à Justiça. O delegado também quer ouvir os controladores de vôo de Brasília, Manaus e São José dos Campos (SP), que trabalhavam no dia do acidente (29 de setembro). Ele disse que, se necessário, ainda pretende tomar novamente o depoimento dos pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paladino.

O inquérito da Polícia Civil foi instaurado no dia 30 de setembro. Na avaliação do delegado ainda é prematuro apontar os responsáveis pelo choque entre os dois aviões, que provocou a morte dos 154 ocupantes do Boeing.

“É preciso examinar o conjunto dos fatores, e extrair daí uma conclusão para esclarecer o que realmente aconteceu”, disse.

As investigações na esfera estadual correm em paralelo às da Polícia Federal, até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decida de quem é a competência sobre o caso.

O delegado responsável pelo inquérito na PF, Renato Sayão, pediu a quebra de sigilo das investigações na terça-feira (24), após ser informado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que algumas informações seriam repassadas apenas com autorização judicial.

O sigilo das investigações conduzidas pelo órgão é garantido pela Convenção de Aviação Civil Internacional (conhecida como Convenção de Chicago), da qual o Brasil é signatário. Entre os dados protegidos está o conteúdo das caixas-pretas do Boeing e do Legacy, fabricado pela Embraer.

Depois de se chocar com o avião da Gol, o jato conseguiu fazer um pouso de emergência na Base Aérea da Serra do Cachimbo, sem que nenhum dos sete ocupantes ficasse ferido.

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