
“Fizemos o pedido de revogação da prisão. Todas as testemunhas de acusação já foram ouvidas no processo. Ela não tem passagens e é ré primária. Não há motivos para mantê-la presa. Já pode ser substituída por uma cautelar onde ela se apresentaria todos os meses à justiça. O comportamento dela, na cadeia é exemplar. Até foi escolhida pela direção para ajudar no serviço interno unidade. Estamos aguardando a análise do promotor. Fizemos esse pedido oral. Já são 7 meses que ela está presa e está existindo um excesso de prazo para julgamento do processo”, disse.
A advogada também apontou que a mulher é inocente e negou que ela tenha apresentado versões que geraram contradições no dia em que o policial foi morto. “Não temos dúvida que ela é inocente. Não queremos demonizar a vítima, mas teve uma testemunha que apontou uso de entorpecentes da casa do policial. Acreditamos que a morte dele tenha envolvimento com droga. Não existem versões contraditórias da minha cliente. Ela não apresentou versões e disse que estava de costas e não conseguiu ver o que realmente ocorreu. Nenhuma testemunha afirma que ela matou o próprio marido”.
O julgamento da acusada estava marcado para ocorrer no dia 24 do mês passado, mas foi suspenso porque o Estado não conseguiu levar o outro acusado de envolvimento no crime e que está preso no presídio 'Ferrugem, em Sinop até Peixoto de Azevedo. “Não aceitamos a oitiva das testemunhas sem a presença do acusado, que é um direito dele. Agora, ficou pré-agendado para dia 21 de junho, mas ainda não sabemos quando ocorrerá o júri”.
Conforme Só Notícias já informou, o soldado foi morto com pelo menos quatro tiros, no portão de casa, em União do Norte, em dezembro passado. De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na época, os disparos foram feitos com uma pistola calibre 380 e atingiram a cabeça e o abdômen do policial que acabou falecendo ainda no local. Devidas as contradições apresentadas, sua mulher foi detida logo após o crime. Ainda em fevereiro, a defesa entrou com pedido de habeas corpus, mas desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça não acataram o pedido.
Moshe foi sepultado em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.


