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Defesa de Eder Moraes aponta que ele deve continuar preso em Cuiabá

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O ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, deverá continuar preso, em Cuiabá, mesmo após o fim das audiências, na próxima semana, em relação ao processo na Justiça Federal em que é réu por crimes contra o sistema financeiro. A afirmação foi feita pelo advogado dele, Paulo Lessa, que não soube, contudo, explicar os motivos da medida.

A reportagem apurou que o Núcleo Federal do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde o ex-secretário ficou preso por 64 dias, deverá ser desativado até o final do mês. Com isso, presos de outros estados estão sendo transferidos gradativamente. Se confirmada a informação, Eder permanecerá à disposição da Justiça detido no Centro de Custódia de Cuiabá.

Hoje, dois médicos serão enviados ao local onde o ex-secretário, dispensado de comparecer às audiências do processo, está preso. Os advogados de Eder alegam que ele está com problemas de saúde. Desde que foi preso, o ex-secretário teria perdido cerca de 15 quilos.

Conforme a Sejudh, o tratamento dado a ele é o mesmo dispensado a outros presos. Por conta disso, ele jantou arroz, feijão, carne e salada, acordou pouco antes das 7h e se alimentou com pão com manteiga e café com leite. É possível que ele receba visita dos filhos.

Com base nos laudos emitidos por estes profissionais, a defesa de Eder poderá pleitear a transferência do ex-secretário para prisão domiciliar. Outra possibilidade é a de que ele consiga a liberdade após as audiências, uma vez que passa a não existir, como motivação para a prisão, a possibilidade de atrapalhar a instrução processual.

Nesta quinta-feira (24), segundo dia das audiências do processo, serão ouvidos em grande maioria testemunhas do superintendente regional do BicBanco, Luiz Carlos Cuzziol, por videoconferência, uma vez que elas estão em São Paulo. Duas das testemunhas de Eder foram dispensadas das audiências, o senador Blairo Maggi (PR) e o governador Silval Barbosa (PMDB).

Eder é réu em processo por crimes contra o sistema financeiro, em companhia de outras 3 pessoas. A ação é resultado de uma das etapas da operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal. Segundo o advogado dele, Paulo Lessa, Eder recusou proposta de se tornar delator premiado do suposto esquema.

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